A proximidade do Mosteiro da Cartuxa em Évora determinou a designação Cartuxa conhecida até os dias de hoje
por Redação
Em 1759, por ordem de Marquês de Pombal, a Quinta de Valbom (ligada à Companhia de Jesus) passou a integrar os bens do Estado e, alguns anos mais tarde, em 1776, foi equipada pela primeira vez com um lagar de vinho.
A proximidade do Mosteiro da Cartuxa determinou a designação conhecida até os dias de hoje, a Adega Cartuxa.
Adquirida no século 19 pela família Eugénio de Almeida, a propriedade recebeu investimentos em modernizações e ampliações ao longo do tempo, aumentando de forma considerável seu potencial de vinificação e sua capacidade de armazenagem. Da linha de engarrafamento instalada na Adega Cartuxa saem, anualmente, cerca de quatro milhões de garrafas, distribuídas pelas marcas Vinea Cartuxa, EA, Foral de Évora, Cartuxa, Scala Coeli e o lendário Pêra-Manca.
O Pêra-Manca ganhou esse singular nome devido às características do seu vinhedo. Conta que ainda na idade-média quando as primeiras parreiras foram plantadas, os produtores perceberam que as pedras eram soltas e, com a inclinação do terreno, elas balançavam, mancavam. Eram “pedras mancas”!
Ele ainda foi o vinho escolhido por Pedro Álvares Cabral para “brindar” com os nativos em 1500 quando português desembarcou pela primeira vez em terras brasileiras.
O "moderno" Pêra-Manca, desde a primeira colheita, é feito a partir de um blend das uvas Trincadeira (responsável principalmente pela acidez) e a uva Aragonez (responsável principalmente por dar estrutura ao vinho). A quantidade de cada uva varia de acordo com o ano, mas é, quase sempre, a mesma. As duas castas são colhidas no pomar e depois fermentadas separadamente, passando por outras fases também separadamente, até o momento do lote final.
ADEGA degustou diversas safras do Pêra-manca, tanto tinto quanto branco, e você pode conferir cada nota recebida aqui.