Experiência garantida

Como escolher a taça de vinho ideal para cada estilo

Descubra os principais tipos de taças de vinho e como cada uma pode melhorar a apreciação da bebida

Estilos, materiais, tamanhos e demais características influenciam na forma com que percebemos o vinho
Estilos, materiais, tamanhos e demais características influenciam na forma com que percebemos o vinho

por Redação

Escolher sua taça de vinho não é tão complicado quanto possa parecer.

Pense que, assim como determinados tipos de roupa ajudam a valorizar o corpo, a taça pode ajudar a tirar o melhor de uma garrafa de vinho. Para quem duvida, basta testar: você sentirá a diferença ao beber um mesmo vinho em taças completamente diferentes.

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É necessária uma taça para cada vinho?

Taças
Apesar de cada tipo de taça ter seu propósito, não é preciso possuir todas elas

Como cada vinho possui características únicas, dependendo de diversos fatores como uva, terroir e estilo de produção, pode-se dizer que, na teoria, sim, é necessário ter uma taça para cada tipo.

Há marcas que levam essa premissa muito a sério e possuem em seu portfólio mais de 400 tipos e tamanhos diferentes de taças!

Mas eu preciso de todas elas? A resposta é: não! O ideal é simplificar. Ou seja, é importante ter apenas os modelos indispensáveis na sua casa, especialmente os adequados ao estilo de vinho que você mais gosta de beber.

LEIA TAMBÉM: Estilos de vinho: quais são, o momento ideal de cada um e dicas para conhecer todos

Bordales
Taça estilo bordalês é um coringa simples para quem está começando e permite apreciar diversos tipos de vinho

Para quem está começando, a dica é ter uma taça no estilo bordalês – veja mais sobre ela logo abaixo. Esse estilo de taça traz boas características e, com um pouco de versatilidade, é possível tirar o melhor proveito do vinho, independentemente do estilo.

Afinal, para vinhos rosés e para a maioria dos brancos, recomenda-se uma taça bordalesa um pouco menor que a utilizada para tintos. Isso ajuda a evitar que o vinho esquente e perca sua temperatura ideal. Assim, a dica é simples: basta colocar um pouco menos de vinho nesses estilos para resolver o problema.

Por que e como usar um decanter?

Se você deseja um conjunto mais completo, a ideia é ter quatro modelos básicos: uma taça para brancos (que também pode ser usada para rosés), duas para os diferentes tipos de tintos (Bordeaux e Borgonha) e uma para espumantes. 

Para vinhos tintos

  • Bordeaux – As taças Bordeaux foram feitas para abrigar vinhos mais encorpados e ricos em tanino. Elas possuem o bojo grande, mas têm a borda mais fechada para evitar a dispersão de aromas. A aba – ou borda da taça – mais fina direciona o vinho para a ponta da língua, permitindo que a untuosidade e os sabores frutados dominem antes que os taninos sejam percebidos na parte de trás da boca. É indicada para Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc, Merlot, Syrah, Tannat, entre outras uvas que produzem vinhos encorpados e com maior carga tânica.
  • Borgonha – Os tintos da Borgonha são mais complexos e concentrados, produzidos quase exclusivamente com a uva Pinot Noir. Por isso, as taças possuem formato de balão (ou seja, com bojo maior do que as bordalesas), para que haja mais contato com o ar, permitindo que o buquê se libere mais rapidamente. Esse design favorece a exploração do vinho pelo olfato. O formato direciona o fluxo acima da ponta e do centro da língua, diminuindo a acidez e acentuando as qualidades mais arredondadas e maduras do vinho. Além da Pinot Noir, também são ideais para vinhos como Rioja tradicional, Barbera Barricato, Amarone, Nebbiolo e outros com boa acidez e menor carga tânica.
Taça Borgonha
Taças tipo borgonha possuem formato de balão (ou seja, com bojo maior do que as bordalesas), para que haja mais contato com o ar, permitindo que o buquê se libere mais rapidamente

Para vinhos brancos

  • As taças para vinhos brancos têm corpo menor do que as para tintos por dois motivos. Primeiro, porque o vinho branco precisa ser consumido em temperaturas mais baixas, e um recipiente menor reduz as trocas de calor com o ambiente. Segundo, porque o formato ajuda a realçar as notas de frutas. A aba estreita entrega o fluxo do vinho nas áreas da língua que equilibram a doçura e a acidez, algo crucial para os brancos.

Para vinhos rosés

  • Os vinhos rosés possuem taninos, como os tintos, mas também têm os aromas característicos dos brancos. Por esse motivo, a taça costuma ser menor que a dos brancos, mas com bojo maior. Ela deve acentuar a acidez do vinho, equilibrando assim sua doçura. Caso não tenha uma taça específica para rosés (poucas marcas as produzem), pode-se usar uma taça para vinhos brancos.

Para espumantes

taça Flûte
A taça Flûte foi desenvolvida para otimizar a degustação de espumantes
  • Para espumantes, a taça ideal é a chamada flûte, ou "flauta". Esse formato permite apreciar as borbulhas, ou perlage. A taça fina direciona a efervescência e os aromas para o nariz, enquanto controla o fluxo acima da língua, equilibrando a limpeza da acidez com a profundidade de sabor. Se a taça tiver um leve bojo, melhor, pois uma flûte reta demais pode diminuir a concentração de aromas.

Para vinhos doces e fortificados

  • Esse tipo de taça tem bojo pequeno, já que vinhos doces e fortificados são consumidos em quantidades menores. Também apresenta uma abertura mais estreita na parte superior. Seu design ajuda a conduzir o fluxo da bebida diretamente para a ponta da língua, onde os sabores doces são mais percebidos.

E o material?

Cristal, vidro comum, vidro de lâmpada, metal, barro... Claro, cada superfície reage de forma diferente com o vinho. A melhor delas é o cristal (quanto mais “puro”, melhor). Mas isso é assunto para outra reportagem...

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