Como identificar os termos presentes nos vinhos da França
por Redação

Historicamente, o estilo dos vinhos franceses sempre foi reconhecido por connoisseurs a partir da região em que eram produzidos. Bastava dizer que um vinho era um tinto da Borgonha para que já se imaginasse o que havia dentro da garrafa – certamente um Pinot Noir, já que a legislação daquela região só permite essa uva nos tintos. Por isso, ainda hoje é preciso estudar um pouco sobre as regiões francesas para descobrir as castas que compõem seus vinhos.
Contudo, com as leis sobre os rótulos cada vez mais flexíveis, produtores menos apegados à tradição têm colocado mais detalhes sobre seus vinhos nos contrarrótulos. Então, vale a pena “vasculhar” a garrafa em busca de informações caso você não esteja totalmente seguro.
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1 - Nome do produtor – Pode ser um Château, um Domaine, uma Maison ou até mesmo uma marca.
2 - Ano da safra.
3 - Região de origem – Toda vez que você vir os termos: Appellation Contrôlée, ou AOC acompanhados de um nome, como Bordeaux Côtes de Francs, isso significa que o vinho veio dessa região. Appellation Contrôlée significa “Denominação Controlada”. É conhecendo um pouco das denominações que você descobre quais as possíveis castas de uvas com as quais o vinho é feito.
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4 - Local de engarrafamento – o termo “Mis en bouteille au” significa “Engarrafado por”. Se a continuação da frase for “au Château”, “au Domaine”, ou “a la proprietè” (com a devida acentuação francesa, seria à la propriété), significa que esse vinho foi engarrafado pelo próprio produtor das uvas.
Em alguns casos, quando um negociante compra as uvas de um produtor e engarrafa o vinho em seu estabelecimento, ele costuma usar o termo “Mis en bouteille par” seguido do seu nome. Isso é bastante comum e não significa que um vinho é melhor ou pior que outro.
5 - Classificação do vinho em sua região – Termos como Grand Cru, Premier Cru ou 1er Cru, Second Cru etc. são relativamente comuns nos vinhos franceses. Isso significa que os vinhos que ostentam isso no rótulo são feitos por um produtor que conquistou esse mérito, ou seja, está entre os melhores de sua região – geralmente os bordaleses –, ou então, significa que o vinho é feito de uvas de um vinhedo de maior qualidade – geralmente os da Borgonha.
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Blanc – branco.
Crémant – vinho espumante.
Cru – vinhedo.
Doux – doce.
Grand Cru – designa um vinhedo excelente.
Grand Vin – costuma indicar que este é o melhor vinho daquele produtor.
Premier Cru – vinhedo excelente, mas inferior ao Grand Cru.
Récolte – safra.
Rouge – tinto.
Vendage Tardive – colheita tardia.
Vielles Vignes – vinho feito com uvas de vinhas velhas.
Village – vinho comunal, que não vem de um vinhedo classificado.
Pesquise um pouco sobre as regiões francesas caso esteja na dúvida, mas tenha em mente:
1- Os vinhos tintos de Bordeaux tradicionalmente são blends de Cabernet Sauvignon, Merlot e Cabernet Franc, podendo incluir outras uvas também, mas em pequenas parcelas.
2- Os tintos da Borgonha são sempre de Pinot Noir e os brancos sempre de Chardonnay.
3- Os tintos do Rhône costumam ter o famoso blend GSM (Grenache, Syrah e Mourvèdre), mas podem conter ainda outras uvas em menor quantidade.
4- Os espumantes de Champagne tradicionalmente são feitos de uma mescla de Chardonnay, Pinot Noir e Pinot Meunier. Os ditos Blanc de Blancs são produzidos apenas com Chardonnay, a única uva branca das três. Os Blanc de Noir são feitos com as tintas.
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