• APRENDER
  • CURIOSIDADES
  • PERFIL
  • SABOR
  • MERCADO
  • REVISTA
  • CLUBE
Assine
Facebook Revista ADEGAInstagram Revista ADEGA
  • APRENDER
  • CURIOSIDADES
  • PERFIL
  • SABOR
  • MERCADO
  • REVISTA
  • CLUBE
  • Do lagar ao seu devido lugar

    Depois de colhidas e bem cuidadas, as olivas passam por diferentes processos

    por João Calderón

    Entre 4000 a.C. e 2000 a.C., fase também conhecida como período neolítico, está justamente a época de que datam os primeiros sinais encontrados da extração do óleo de oliva. Um produto de luxo, era assim que se via o azeite, pois os frutos, que eram pequenos, não existiam em quantidades abundantes e, para obter um litro do precioso líquido, era necessária uma grande quantidade das pequeninas azeitonas.

    A extração, então, era elaborada através da utilização de uma mó constituída por duas rodas de mesmo tamanho e precisamente entre elas que os frutos eram espalhados, com as duas movidas tanto por humanos quanto por cavalos. Depois de esmagadas as azeitonas, formava-se uma pasta (azeite, bagaço e água de vegetação) que era distribuída em diversas cestas sobrepostas, de maneira que cada uma exercesse sobre a outra certa pressão capaz de separar a polpa, ali retida, do óleo e da água de vegetação e, por fi m, deixando que suas diferentes densidades às separassem.

    Os lagares, um nome comum no meio do azeite, era outro método também utilizado há muitos anos. O lagar nada mais é que uma espécie de pilão em maior escala. Um grande tanque de pedra, no qual são colocadas as azeitonas e posteriormente prensadas com pedaços de madeira ou pedra.

    #Q#

    Cuidados com a azeitona

    O ponto de partida, porém, em um processo de prensagem para a obtenção de um óleo de qualidade, não é a prensa em si, mas, sim, o cuidado com a saúde do fruto que se deteriora facilmente.

    Assim que chegam ao lagar, as olivas devem ser armazenadas em pilhas não muito altas para evitar um excesso de pressão de umas sobre as outras, estando sempre em temperatura inferior a 28oC, arejadas, mas protegidas da chuva, do vento e de geadas. Ainda que bem armazenadas, as azeitonas não devem esperar muito tempo para serem processadas, porque podem iniciar a fermentação. O ideal é que este período entre a colheita e o processamento seja de, no máximo, 24 horas.

    Após serem brevemente armazenadas, a primeira coisa que se faz é lavar bem as azeitonas para retirar todos os possíveis resíduos. Se alguma folha for prensada junto ao fruto, ela pode gerar um amargor indesejado e uma coloração verde "artifi cial". E depois disso, sim, passamos à moagem e à decantação do óleo de oliva. Hoje, existem inúmeros métodos para chegarmos ao precioso líquido e aqui citamos alguns deles:

    Sistema descontínuo de pressão
    Este é o processo mais tradicional, que pouco mudou com o passar dos anos, muito similar ao explicado anteriormente, onde a mó de pedra, no formato de rodas, é movida de maneira a amassar as azeitonas, transformando-as em pasta. Depois disso, passamos àquelas antigas cestas, hoje muitas vezes de aço inoxidável, que irão ser empilhadas umas sobre as outras, deixando que a mistura líquida escoe. E, por fi m, separa-se a água de vegetação do óleo, por vezes feita através da centrifugação ou simplesmente da decantação.

    Sistema de ciclo contínuo
    Este é um circuito inteiramente fechado que, em máquinas de aço inoxidável, são colocadas as azeitonas e depois se retira o azeite de oliva. A moagem é realizada por processo mecânico, com uma espécie de martelos, e posteriormente a pasta que se forma vai a um decanter, onde se adiciona água para facilitar o processo. Este método não é muito utilizado pelos espanhóis, uma vez que, ao adicionar a água, pode-se perder parte dos polifenóis e antioxidantes.

    #Q#

    Lagar misto
    Este nada mais é que a fusão dos dois métodos citados acima, em que a pasta é formada a partir da prensagem elaborada com as mós de pedra, mas, depois disso, são centrifugadas em vez de serem empilhadas nas seiras.

    Sinolea
    Também um método a ciclo contínuo, muito utilizado na Itália. A moagem é feita pelo processo mecânico dos martelos, porém a extração do óleo é mais peculiar, já que é elaborada por gotejamento. Milhares de pequenas lâminas em formato de pente entram e saem seguidamente da pasta extraindo somente o azeite, que posteriormente é gotejado em outro recipiente.

    Agora que já temos o óleo de oliva pronto, resta-nos armazená-lo antes de serem engarrafados. Ele deve ser conservado, como bem sabemos, em local escuro e fresco, para que não oxide. E então esperar que cheguem às nossas mesas, o seu devido lugar.

    Gostou? Compartilhe

    Facebook Revista ADEGAInstagram Revista ADEGA

    palavras chave

    Notícias relacionadas

    Azeite de oliva: tradição popular confirmada pela ciência

    Como o azeite de oliva atua na saúde segundo pesquisas modernas

    A Argentina se destaca como um dos países com maior potencial produtivo

    Como a Argentina se tornou referência em azeite fora do Mediterrâneo

    Do Picual ao Hojiblanca: Os cultivares que dominam a Espanha

    Andaluzia: Conheça a região que produz 80% do azeite espanhol

    Antes de irem para consumo, as azeitonas de mesa são tratadas com salmoura e deixadas de molho em hidróxido de sódio

    Como as azeitonas de mesa são processadas antes do consumo

    Como Israel produz um dos azeites mais antigos do mundo

    A importância da oliveira e do azeite na cultura e economia de Israel

    Imagem Descubra os segredos por trás dos azeites com Miguel Zuccardi

    Descubra os segredos por trás dos azeites com Miguel Zuccardi

    Imagem Os benefícios do azeite para a beleza

    Os benefícios do azeite para a beleza

    Azeite e doces pode ser uma combinação surpreendente

    Descubra como o Azeite pode transformar sobremesas em delícias inusitadas

    Imagem As descobertas em prova de azeites com Ana Carrilho

    As descobertas em prova de azeites com Ana Carrilho

    Imagem Como escolher azeite para cozinhar

    Como escolher azeite para cozinhar

    Top 100 Os Melhores Vinhos do Ano

    Escolha sua assinatura

    Impressa
    1 ano

    Impressa
    2 anos

    Digital
    1 ano

    Digital
    2 anos

    +lidas

    Opus One processa fornecedor por contaminação
    1

    Opus One processa fornecedor por contaminação

    Vinho do Porto: qual é a diferença entre Ruby e Tawny?
    2

    Vinho do Porto: qual é a diferença entre Ruby e Tawny?

    Alvarinho e queijos, várias possibilidades para ótimas harmonizações
    3

    Alvarinho e queijos, várias possibilidades para ótimas harmonizações

    A tulipa é a taça ideal para espumantes?
    4

    A tulipa é a taça ideal para espumantes?

    O que é e como funciona o sistema de solera?
    5

    O que é e como funciona o sistema de solera?

    Revista ADEGA
    Revista TÊNIS
    AERO Magazine
    Melhor Vinho

    Inner Editora Ltda. 2003 - 2022 | Fale Conosco | Tel: (11) 3876-8200

    Inner Group