No Al Mare, os frutos do mar têm tratamento de luxo e os bons vinhos brancos são tratados com todo o rigor no serviço
por Marcelo Copello
A novidade do ano na gastronomia carioca é o Al Mare, restaurante do recém inaugurado Hotel Fasano, na Avenida Vieira Souto, a poucos metros das areias de Ipanema.
O grupo Fasano tem apostado no Rio de Janeiro. Há poucos anos inaugurou o Gero. Este ano já abriu as portas de uma loja de vinhos, a Enoteca Fasano, e agora este belíssimo hotel cinco estrelas, criação do empresário Rogério Fasano e do renomado designer Philippe Starck.
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Logo na entrada está o restaurante Al Mare, que como o nome e a paisagem circundante sugerem, tem um cardápio concentrado nos frutos do mar, sem esquecer outras especialidades italianas. A cozinha é comanda por Luca Gozzani, que veio diretamente de Florença, e o saca-rolha está nas mãos de Dionísio Chaves, bicampeão nacional de sommeliers.
A carta de vinhos ainda não está acabada. Os atuais 280 rótulos devem ganhar o reforço de outros 120 até outubro. Um dado interessante é que 40% dos vinhos oferecidos são brancos, o que parece natural em um restaurante “do mar”, mas é atrevido se pensarmos que 80% do que se pede em restaurantes costuma ser de cor tinta. Segundo Dionísio, a aposta deu certo e a venda têm sido boa.
Como dica sugiro começar com uma ousadia: “Figos ao Forno com Foie Gras e Redução de Vinho” (R$ 69), acompanhado não por um Sauternes, que poderia comprometer o paladar dos vinhos seguintes, mas por uma taça de Champagne “Veuve Clicquot Rosé Brut” (R$ 78). Como primeiro prato peça a “Massa Fresca Recheada de Alcachofras, Camarões e Redução de Vinho” (R$ 62), que é talvez o melhor prato da casa e faz um par harmonioso com o “Chardonnay Bastia 2002” (R$ 220), branco piemontês com bastante madeira para domar a alcachofra. Como prato principal, o que enche os olhos e o paladar são as lagostas que repousam vivas em um aquário ao lado da cozinha. Prove a “Lagosta na Grelha com Caponata de Legumes” (R$ 150) e comprove a elegância do “Poully Fuissé Terroir de Fiussé 2004” (R$ 335), de Olivier Merlin. Quem quer ficar com um vinho só ao longo do jantar, uma boa compra garimpada da carta é o ícone Neozelandês “Cloudy Bay Sauvignon Blanc 2006”, por R$ 194, jovem, fresco e versátil. O forte da carta vem da Borgonha, com seus brancos untuosos e tintos leves, que casam bem com o menu. Pode-se escolher entre 13 brancos e 14 tintos borgonheses, começando com um “Petit Chablis de Berbard Defaix”, por R$ 163, e subindo até um tinto “Romanée St. Vivant Grand Cru de Confuron”, por R$ 2.145,00.
A adega é climatizada e comporta 3.800 garrafas, mantendo os brancos e espumantes em compartimentos mais frios, fundamental para um serviço mais ágil. As taças são ótimas e o aconselhamento de Dionísio Chaves é fora de série, recomendando pratos e vinhos com muito conhecimento e simpatia. A oferta de vinhos em taça é modesta e se restringe aos doces, espumantes e Jerez, com 12 opções no total, complementada por 11 opções em meia garrafa.
O Rio de Janeiro estava merecendo o Al Mare. Frutos do mar com tratamento de luxo, a beira da praia, com bons vinhos brancos tratados com todo o rigor no serviço. A coroa de Netuno já tem dono na Cidade Maravilhosa.
Al Mare - Hotel Fasano
Av. Vieira Souto, 80 – Ipanema
Rio de Janeiro (RJ) – Tel.: (21) 3202-4030
ADEGA | |
CARTA DE VINHOS | |
COPOS | |
SERVIÇO | |
ACONSELHAMENTO | |
VINHO EM TAÇA | |
TAXA DE ROLHA - R$80,00 |
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