Mais de 30 expositores brasileiros estavam presentes na última edição da Expovinis em São Paulo, em busca de bons negócios e novos consumidores
por Sílvia Mascella Rosa
Quem está acostumado com feiras, de qualquer ramo, sabe que, na maioria das vezes, os estandes mais interessantes estão logo na entrada. Na edição deste ano da Expovinis, o primeiro estande que se avistava era brasileiro, e grande. O Ibravin (Instituto Brasileiro do Vinho) reuniu um significativo grupo de produtores, do Rio Grande do Sul e do Nordeste, decididos a reposicionar os vinhos brasileiros no mercado interno e externo, contando com o bom momento que a nossa vitivinicultura atravessa.
Caminhando pela feira ainda eram encontrados os estandes próprios dos maiores players de nosso mercado - Miolo, Salton e Casa Valduga -, bons produtores como Pizzato e Lídio Carraro, além do espaço exclusivo dos vinicultores de Santa Catarina, a ACAVITIS, que vem atraindo cada ano mais atenção.
Ao todo, mais de 30 produtores brasileiros estavam presentes na Expovinis, muitos deles pela primeira vez. "No ano passado, estive aqui como visitante, mas percebi que era um espaço importante para negócios e decidi vir como expositor agora", conta José Antonio Gheller, da Vinícola Gheller da cidade de Guaporé, no Rio Grande do Sul, que aproveitou o evento para lançar seu primeiro vinho assemblage.
Nova campanha
No primeiro dia do evento, foi lançada uma campanha institucional do Ibravin com o nome "Abra sua cabeça, abra um vinho brasileiro", que tem como ícone um saca-rolhas verde e amarelo, criado pelos irmãos Campana, representando a atitude de abrir a cabeça das pessoas para o produto nacional.
O diretor-executivo do Ibravin, Carlos Raimundo Paviani - que participou de uma mesa redonda para discutir o mercado de vinhos no Brasil -, ficou contente com a possibilidade de debater os desafios do setor e fez questão de ressaltar que, mesmo nesta época de crise, há uma potencialidade de crescimento muito grande para o produto nacional. "O lançamento da nova campanha e a presença significativa de expositores neste ano mostram a maturidade de nosso setor. Acreditamos na identidade do Brasil como produtor de vinhos e também respeitamos e incentivamos as regionalidades, que serão fundamentais para a conquista do mercado", explicou Paviani.
Aos consumidores, fica a tarefa de usar o saca-rolhas em rótulos nacionais e provar, na taça, que os produtos brasileiros estão fazendo por merecer o espaço que buscam ocupar.
+lidas
1000 Stories, história e vinho se unem na Califórnia
Vinho do Porto: qual é a diferença entre Ruby e Tawny?
Pós-Covid: conheça cinco formas para recuperar seu olfato e paladar enquanto se recupera
Os mais caros e desejados vinhos do mundo!
Notas de Rebeldia: Um brinde ao sonho e à superação no mundo do vinho