• APRENDER
  • CURIOSIDADES
  • PERFIL
  • SABOR
  • MERCADO
  • REVISTA
  • CLUBE
Assine
Facebook Revista ADEGAInstagram Revista ADEGA
  • APRENDER
  • CURIOSIDADES
  • PERFIL
  • SABOR
  • MERCADO
  • REVISTA
  • CLUBE
  • Os números de 2012

    Uma análise completa sobre a importação de vinhos no Brasil em 2012

    por Adão Morellatto E Christian Burgos

    Como já é tradição, o consultor Adão Morellatto nos proporciona uma análise completa sobre a importação de vinhos no Brasil no ano passado. Contrariando os quatro anos anteriores, em que o mercado de vinhos importados crescia a uma média de 13,5% ao ano, em 2012, o resultado foi ínfimo, apresentando apenas 1,56% de crescimento em valor (USD) e só 1,11% em volume, ultrapassando os US$ 297 milhões e os 77 milhões de litros.

    Esse insignificante crescimento deu-se por três motivos: 1- o movimento pelas salvaguardas para criar barreiras à importação, criando um ambiente de insegurança e incertezas, e retirando o foco da promoção para o trato político e jurídico; 2- desvalorização cambial do real em 37,37% frente ao dólar e 25,15% frente ao euro; e 3- desaquecimento de mercado.

    Para essa avaliação utilizamos os dados consolidados dos três segmentos mais expressivos (vinhos finos, Champagne e espumantes) agregados em uma única análise. Veja como se manifestaram os principais players do segmento em 2012:

    1º CHILE - Como já comentado, descrito e informado em anos anteriores, novamente apresenta- se na liderança absoluta dos importados, surpreendendo com crescimento de 9,86% em valor e de 12,87% em volume, e ampliando seu market share para 31,48% em valor e 39,72% em volume. Isso contraria prognósticos negativos de que o Chile já tinha atingido seu ápice e que em breve apontaria uma leve tendência de queda. Sua hegemonia se fortalece nas grandes cadeias de supermercados e grandes importadores, que prestigiam e acreditam em um crescimento na categoria de vinhos com preços de até R$ 25 ao consumidor.

    2º ARGENTINA - Como em anos anteriores, manteve a segunda posição do mercado com 20,05% de market share em valor e 20,38% em volume. Contudo, apresentou uma ligeira queda de 5,10% em valor e de 13,61% em volume, acompanhado de aumento do custo médio de 8,73%. Também devemos observar as sérias medidas tomadas pelo Ministerio de Ecomomia y Finanzas Públicas da Argentina, através da Resolución 142/2012, não permitindo que as empresas exportadoras financiem suas exportações além do prazo de 90 dias, e obrigando as empresas importadoras brasileiras a trabalhar com prazos de pagamentos inferiores (esses prazos costumavam chegar a 180 dias). Num mercado que se movimenta por oportunidades, é visível que houve uma transferência de negócios para os vinhos do Chile, que não sofreram com o intervencionismo do Estado.

    3º FRANÇA - Inserindo o Champagne e espumantes na análise, a França ocupa a terceira posição (Champagne representa 46,51% das exportações francesas ao Brasil). Sua performance apresentou crescimento de 3,33% em valor, considerando que os vinhos franceses tiveram um aumento real de 5,27%. Participa com 14,93% em valor e 5,63% em volume.

    4º PORTUGAL - Seguindo sua tradição de apresentar sempre um resultado positivo, em 2012 não foi diferente, ampliando seu market share e chegando a 12,11% em valor e 12,18% em volume. Cresceu apenas 2,26% em valor, mas com expressivo crescimento de 11,26% em volume (numa redução de 8,46% no custo médio dos vinhos).

    5º ITÁLIA - Mantendo o embate com Portugal já há alguns anos, experimentou o pior desempenho entre os principais exportadores (queda de 15,64%). Ainda não temos uma análise mais profunda que esclareça essa performance negativa, mas fica compreensível porque os italianos voltam a investir fortemente no mercado brasileiro para escoar sua gigante produção. Participa com 11,76% de valor e 13,73% em volume.

    6º ESPANHA - O país ibérico segue em disparada e cresceu 16,14% (será que estão roubando mercado dos italianos?). O certo é que os vinhos espanhóis, que até algum tempo atrás eram difíceis de encontrar, indicar, escolher e conhecer, estão dia a dia mais presentes no varejo. Pelo jeito vieram para ficar e não querem ser coadjuvantes. Sua participação foi de 5,43% em valor e 4,36% em volume.

    DEMAIS PAÍSES - Participam com apenas 4,24% em valor. Nesse grupo cresceram África do Sul (41,72%), Uruguai (6,92%) e Estados Unidos (13,58%), e tiveram queda Austrália (-14,09%), Nova Zelândia (-60,42%) e Alemanha (-57,20%). Nos países que beiram 1% de market share, ou bem menos, a movimentação de compras e estoque de apenas um importador faz muita diferença e não nos permite qualificar tendências de mercado.

    Clique para ampliar

    Gostou? Compartilhe

    Facebook Revista ADEGAInstagram Revista ADEGA

    palavras chave

    Notícias relacionadas

    Imagem China cai, Brasil sobe, Austrália é dúvida. Não é futebol, é o mercado do vinho!

    China cai, Brasil sobe, Austrália é dúvida. Não é futebol, é o mercado do vinho!

    Novas tecnologias estão mudando a viticultura e ajudam a maximizar o potencial produtivo e de qualidade do vinho

    Como funciona a viticultura de precisão?

    Imagem O mercado de vinhos em 2023 e perspectivas para 2024

    O mercado de vinhos em 2023 e perspectivas para 2024

    Imagem Uvibra nega pedido de Salvaguarda

    Uvibra nega pedido de Salvaguarda

    Imagem Uvibra garante não pedir salvaguarda

    Uvibra garante não pedir salvaguarda

    Imagem Somos todos contra a Salvaguarda. E agora?

    Somos todos contra a Salvaguarda. E agora?

    Imagem IGW no Rhône

    IGW no Rhône

    Imagem Análise dentro da análise

    Análise dentro da análise

    Imagem No front interno

    No front interno

    Imagem Um bom ano

    Um bom ano

    Top 100 Os Melhores Vinhos do Ano

    Escolha sua assinatura

    Impressa
    1 ano

    Impressa
    2 anos

    Digital
    1 ano

    Digital
    2 anos

    +lidas

    A briga entre o vinho roxo e o legado de Prince
    1

    A briga entre o vinho roxo e o legado de Prince

    Vinho do Porto: qual é a diferença entre Ruby e Tawny?
    2

    Vinho do Porto: qual é a diferença entre Ruby e Tawny?

    Qual o vinho certo para harmonizar com bacalhau?
    3

    Qual o vinho certo para harmonizar com bacalhau?

    Como a Vivanco modernizou a produção de vinhos em Rioja
    4

    Como a Vivanco modernizou a produção de vinhos em Rioja

    O Dão: A região que proporciona grandes vinhos
    5

    O Dão: A região que proporciona grandes vinhos

    Revista ADEGA
    Revista TÊNIS
    AERO Magazine
    Melhor Vinho

    Inner Editora Ltda. 2003 - 2022 | Fale Conosco | Tel: (11) 3876-8200

    Inner Group