Pink Fleet: nas ondas do vinho

por Marcelo Copello

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A história nos conta que fenícios e gregos espalharam o vinho pelo mundo antigo a bordo de suas rudimentares embarcações à vela e remo. Mais tarde, o vinho foi a base da alimentação dos portugueses nas viagens dos descobrimentos a bordo de suas pequenas e frágeis caravelas. Meras cascas de noz flutuantes se comparadas aos 54 metros de comprimento do Pink Fleet, com seus quatro conveses e seis ambientes que comportam 450 passageiros e 50 tripulantes com happy hour, DJ, música ao vivo e gastronomia da melhor qualidade regada a muito vinho, é claro.

fotos: Pink Fleet/divulgação
Restaurante interno

Assim, o fermentado de Baco, que há milênios roda os sete mares, agora flutua pela belíssima paisagem da baia de Guanabara. O navio do empresário Eike Batista faz saídas durante almoços e jantares levando em sua adega 400 garrafas. Quem comanda tudo é o gerente de alimentos e bebidas Paulo Mattos, de larga experiência internacional, com menu assinado pelo chef holandês Gabriel Fleijsman e saca-rolhas pilotado pelo garçom David Chaves.

Degustando no paraíso

A lista de vinhos é sucinta, com apenas 41 rótulos de cinco países (Brasil, Chile, Argentina, Austrália e França), com inevitáveis lacunas, mas bem distribuídos: 22 tintos, oito brancos, dois rosados, oito espumantes e um de sobremesa. Paulo Mattos aposta nos bons caldos nacionais como, por exemplo, os da Vila Francione, especialmente para o público estrangeiro. A carta, contudo, escorrega ao omitir produtores e safras de cada vinho (o que já está sendo corrigido a meu pedido), mas traz de positivo os descritores de aromas e sabores, além de recomendações de harmonização.

O menu é bem variado, com um buffet self-service, perfeito para o clima ao ar livre, complementados por pratos a la carte bem criativos. Para petiscar no buffet, acompanhando a vista do mar, o ideal é um Chandon Brut Rosé (R$ 80). Do menu, duas harmonizações que funcionaram a perfeição foram: Filé de robalo com molho de abacaxi (R$ 25,75) com um Pouilly Fumé Les Logéres 2005 (R$ 160,00) do produtor Guy Saget; e o Peito de Pato com molho de Red Bull (R$ 21,75) com o Chateauneuf du Pape La Bernadine 2004 (R$ 270,00) do produtor Chapoutier. Isso mesmo, o molho semidoce do pato leva um pouco da bebida energética e ficou fantástico com este tinto francês.

As garrafas são devidamente climatizadas em um depósito, sem que haja uma adega propriamente dita para visitação. As taças são adequadas, embora não de alta qualidade, e a oferta de vinhos em taça se limita a um branco, dois tintos e um vinho de sobremesa, sem nenhuma opção em meia garrafa.

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A proposta do Pink Fleet é oferecer ambientes sofisticados de bar, boate e restaurante de boa qualidade para público variado (os pratos não são caros) de cariocas a turistas, com um diferencial insuperável: este restaurante se move pelas águas da cidade maravilhosa. E tudo isso com uma taça de vinho na mão.

Pink Fleet: píer exclusivo na Marina da Glória, Rio de Janeiro.
Tel.: (21) 2555-4063 Site: www.pinkfleet.com.br

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