Estimativa média é de 231 milhões de hectolitros em 2024, queda anual de 2%
por Redação
A produção mundial de vinho deve ficar entre 227 milhões e 235 milhões de hectolitros em 2024, com uma estimativa média de 231 milhões de hectolitros, segundo a OIV (Organização Internacional da Vinha e do Vinho). O número representa uma queda de 2% em relação ao ano passado e o menor patamar desde 1961.
De acordo com informações do site Decanter, a redução se deve a condições climáticas adversas, como geadas, chuvas fortes e secas. “Isso destaca o impacto crescente das mudanças ambientais e ressalta a necessidade urgente de estratégias e práticas vitivinícolas resilientes”, afirmou Giorgio Delgrosso, chefe de estatísticas da OIV.
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Sem detalhar números sobre o Brasil, a organização estima que a produção nacional também apresente redução, seguindo a tendência mundial. O Hemisfério Sul, como um todo, deve produzir 46 milhões de hectolitros – 2% a menos que em 2023 e 12% abaixo da média dos últimos cinco anos. Se confirmado, será o menor patamar desde 2004.
O Chile, por exemplo, deve produzir 9,3 milhões de hectolitros e, portanto, registrar uma queda de 15% em relação à safra anterior. Reflexo de uma primavera fria e da seca registrada no país. Uma das exceções nesse cenário é a Argentina, cuja produção deve crescer 23% e chegar a quase 11 milhões de hectolitros.
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Já no Hemisfério Norte, a União Europeia deve elaborar 139 milhões de hectolitros – 11% abaixo da média dos últimos cinco anos. “Se confirmado, será o menor nível deste século”, disse Delgrosso. Um dos países que puxa esta queda é a França, onde o declínio anual deve ser de 23%, totalizando cerca de 37 milhões de hectolitros.
A Espanha, por sua vez, deve ter um crescimento de 18% em relação ao ano passado, com uma produção de 33,6 milhões de hectolitros. Outro país que deve crescer é a Itália, com um total de 41 milhões de hectolitros em 2024 e um crescimento de 7% sobre 2023, embora ainda 13% abaixo da média dos últimos cinco anos.
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