Proposta enviada ao consórcio de produtores do Médoc propõe incluir vinhos brancos à denominação
por Manuel Luz
Lafite, Margaux, Latour, certamente você já ouviu falar desses vinhos tintos famosos e desejados. Centenárias, essas propriedades atingiram reputação internacional por sua alta qualidade, e levam na sua composição um blend de uvas igualmente famosas como Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc, Merlot, e Petit Verdot, nativas da região. Sinônimo de vinho tinto nobre, o Médoc é a alma de Bordeaux, e a região vai dos arredores urbanos da cidade, até as margens do Oceano Atlântico, sempre margeando o estuário do Gironde, no sentido norte.
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As atuais denominações locais são Médoc, Haut-Médoc e Listrac, e suas sub-regiões são Margaux, Saint-Estèphe, Saint-Julien, Pauillac, Listrac, Moulis e Bordeaux Supèrieur. Não menos importantes, da planície do Médoc também saem os sensacionais Cru Bourgeois.
Plana, a região é formada por depósitos de cascalho aluviais, profundos e argilosos, com retalhos de calcário, onde centenas de châteaux, produzem o Médoc tinto. Pelo menos até agora.
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Uma proposta enviada, e aprovada, ao INAO, por Hélène Larrieu, diretora do consórcio de produtores do Médoc, propõe incluir vinhos brancos à denominação, o Médoc Blanc. A nova denominação altera significantemente a designação dos vinhos brancos dessa região da Rive Gauche, que até então só podia usar o título genérico de Bordeaux Blanc.
De acordo com a proposta, os vinhos terão que passar por um período de envelhecimento em barricas sobre suas borras por pelo menos seis meses, e não serão lançados antes de 31 de março do ano seguinte à colheita. Às uvas permitidas, Sémillon, Sauvignon Blanc e Colombard se juntarão eventualmente a Merlot Blanc, a Ondenc e a Mauzac.
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