Segundo produtor, suas vinhas de quase 200 anos não servem para fazer bons vinhos
por Redação
Vinhas velhas são uma febre no mundo do vinho. Não à toa, pois geralmente vinhas mais antigas costumam estar mais adaptadas ao local e produzem uvas de melhor qualidade. Porém, não é isso que diz o proprietário de algumas das vinhas mais antigas da França, classificadas como monumentos históricos.
Segundo Jean-Pascal Pedebernade seus 2 mil metros quadrados de vinhas que datam de 1830 não são capazes de produzir grandes vinhos. “Essas vinhas de outros tempos são preservadas como eram originalmente. Mas essa parcela não resulta em grandes vinhos, não é uma parcela de alta qualidade”, aponta, dizendo que seu avô beberia esse vinho como um vinho simples, para matar a sede.
Tanto é que Pedebernade não faz um rótulo “single vineyard” (vinho de vinhedo único) dessa parcela onde estão plantadas 21 variedades distintas. Em vez disso, ele vende as uvas para uma cooperativa local, que o mistura para fazer um rosé ou um tinto sob a denominação Saint-Mont.
Esses vinhedos são de antes da filoxera (praga que devastou os vinhedos do mundo em meados do século XIX), ficam na vila de Sarragachies e não são enxertados. Foram necessárias 10 pessoas para colher as 1,3 tonelada de uvas da parcela na semana passada.