Segundo enólogo, Opus One 2010 mudou seus conceitos sobre maturação das uvas
por Redação
Apesar de a safra 2010 do ícone californiano Opus One, uma joint-venture entre Robert Mondavi e os Rothschild, ter sido considerado um dos vinhos mais perfeitos por alguns críticos, seu enólogo diz que essa foi a safra mais desafiadora que já enfrentou.
As garrafas do vinho de 2010 devem começar a ser lançadas no mercado em outubro com preços que superam os US$ 250. Segundo o crítico Antonio Galloni, Opus One, com essa safra, alcançou enfim a consistência que faz com que ele mereça sua fama e preço.
Por seu lado, o enólogo da vinícola, Michael Silacci, disse: “Fico satisfeito que ele tenha gostado do vinho. Enquanto estava no vinhedo durante aquela safra, sabia que ela seria uma das melhores. Porém, 2010 foi uma das safras mais desafiados pelas quais passei”, admitiu. O ano foi excepcionalmente fresco com "chuva inesperada" no início. Silacci explicou que, em agosto, muitos produtores foram arrancando folhas para expor seus frutos ao sol e permitir um melhor fluxo de ar para evitar o desenvolvimento de fungos, mas ele decidiu manter as folhas para dar-lhes sombra, prevendo um período de calor pela frente. E houve um pico de calor no final de agosto e início de setembro, o que acelerou o amadurecimento. Enquanto se esperava inicialmente a colheita em outubro, a fruta estava "pronta" em 19 de setembro.
Silacci revelou que 2010 mudou sua perspectiva sobre amadurecimento e, como resultado, a colheita de Opus One agora é muito mais cedo que costumava ser. Ele estima que, antes de 2010, eles colhiam de 60 a 80% das uvas no ponto ideal de maturação, que davam características de frutas cozidas e geleia. Desde 2010, com a safra mais cedo, as frutas são colhidas com sabores de fruta mais frescos. Além de significar que há mais acidez.
A produção total de 2010 foi de 25 mil caixas, das quais 50% serão vendidas fora dos Estados Unidos.