A região de Languedoc-Roussillon ficou famosa por produzir vinhos agradáveis, pouco tânicos e muito saborosos, com a uva
Redação Publicado em 02/06/2021, às 11h00 - Atualizado às 17h40
A Carignanpossui mais de 60 nomes diferentes mundo afora
Para falar de Carignan, precisamos passar pela Espanha, antes de chegar na França. Isso porque a casta é espanhola e até dá nome a uma denominação de origem, a Cariñena, na região de Aragão.
Fora dali ela recebe inúmeros nomes diferentes, mais de 60, mundo afora.
Entre os mais comuns estão Mazuelo e Samsó, na Catalunha; Carignane, na Califórnia; Carignano, na Sardenha e Gragnano em outras regiões da Itália.
Em Languedoc-Roussillon, na França, o buraco é mais embaixo: no lugar onde a Carignan historicamente se difundiu ela não só é mesclada com outras uvas nos vinhos, assim como há varietais só com ela. Por isso, convencionou-se chamá-la de Pinot do Languedoc, em referência aos tão famosos Pinots da Borgonha.
A Carignan já foi a variedade mais plantada da França
Na região há até a Carignan Blanc, uma mutação da variedade tinta, encontrada só ali.
Ainda na França, a Carignan já foi a variedade mais plantada até quase o fim do século 20, quando então foi superada pela Merlot. Até hoje, no entanto, elaé amplamente plantada no sul da França e isso se deve ao seu alto rendimento.
A videira de Carignan é excepcionalmente produtiva, produzindo regularmente até 20 mil litros de vinho por hectare, quatro vezes mais do que a Cabernet Sauvignon, por exemplo.
A Carignan no Chile e seus vinhedos antigos
No Vale do Maule, um grupo de produtores decidiu se unir para criar uma associação com cerca de 15 empresas para a proteção dessa variedade, lá conhecida como Vigno. Na região há 700 hectares, geralmente de vinhedos muito antigos que dão origem a excelentes vinhos.
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