A tecnologia para uso de concreto na vinificação vem trazendo grandes vantagens para quem o escolhe
Redação Publicado em 15/02/2021, às 10h00 - Atualizado em 22/02/2021, às 14h09
Tanques de concreto em vinícola, material vem sendo cada vez mais utilizado
O concreto está presente na vinificação desde a época romana quando já se usava um material parecido para fabricar recipientes que eram utilizados na fermentação do vinho, mas o uso industrial do concreto como conhecemos hoje só ocorreu mesmo durante o século XIX.
A facilidade de criar e moldar o recipiente de concreto fez com que ele assumisse um protagonismo na vinicultura. A porosidade do material, contudo, revelou-se um problema que acabou sendo solucionado com a aplicação de resina epóxi. Isso ainda facilitou a higienização e manutenção.
Uma sutil micro-oxigenação também pode ser observada nos vinhos fermentados em concreto o que garante uma evolução delicada da bebida.
Hoje, os tanques têm sido produzidos em diversos formatos, incluindo ovais, para manter a suspensão das partículas graças ao fluxo interno do líquido e, assim, dar ao vinho nuances de textura singulares.
Tanque de cimento em formato de ovo traz nuances singulares ao vinho
Por que se usa?
O concreto é mais barato e adaptável para preencher qualquer espaço disponível da vinícola. Diferentemente da madeira, é um recipiente bastante neutro, aportando poucas características ao vinho (há quem suporte o caráter mineral como um ponto).
Pode ocorrer uma micro-oxigenação, mas muito delicada e geralmente após vários dias. Suas paredes grossas conferem uma grande inércia térmica, então a temperatura tende a ficar bastante estável, ajudando a evitar picos durante a fermentação.
Desvantagens
Os tanques de concreto mais antigos sofriam com a higiene e eram muito difíceis de limpar. Atualmente, ainda há certa dificuldade, contudo, a aplicação de resinas na parte interna facilitou muito o trabalho.
Se houver alteração importante de temperatura, o concreto pode rachar, portanto é preciso cuidado. O controle da temperatura da fermentação também pode ser um problema, porém novas tecnologias propiciaram uma melhora nesse quesito.
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