O país solicitou a inclusão de sua culinária na lista da UNESCO
Paula Daidone Publicado em 31/03/2023, às 06h00 - Atualizado às 08h30
Barolo, Chianti, mozzarella, gelato, pizza. Só para citar algumas das alegrias que a Itália proporciona ao mundo no âmbito da gastronomia. Em breve, todas essas maravilhas poderão ser reconhecidas e protegidas oficialmente.
A Itália apresentou à UNESCO uma solicitação para que sua culinária seja inserida na Lista do Patrimônio Imaterial da Humanidade. O embaixador da Itália na UNESCO, Liborio Stellino, se encarregou de levar o dossiê até a sede da agência, na França, na última quarta-feira (29).
No dossiê de candidatura, o governo italiano destacou as heranças culturais imateriais, as práticas sociais e os ritos que a culinária representa. O documento reforça a ideia de que a refeição é o ritual coletivo de um povo que concebe a comida como elemento cultural de identidade, partilha e encontros.
“A candidatura da cozinha italiana a Património da Humanidade é a resposta a quem pretende impor uma alimentação global baseada em insetos e alimentos sintéticos sem qualquer ligação com o território, a agricultura local, as tradições e a cultura”, afirma Ettore Prandini, presidente da Coldiretti, maior associação que representa e auxilia agricultores italianos.
A gastronomia italiana tem uma ligação muito forte com a terra e uma conduta protetiva da biodiversidade, baseada no não desperdício, na reutilização de sobras de alimentos, na preferência por produtos sazonais e no quilômetro zero.
A UNESCO tem até dezembro de 2025 para definir sobre a inclusão da culinária italiana na Lista do Patrimônio Imaterial da Humanidade.
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