O tanino está presentes no caule, cascas e sementes das uvas
Eduardo Milan Publicado em 12/08/2019, às 15h00
O tanino é um componente presente no vinho capaz de causar diferentes sensações durante uma degustação
Afinal, qual o “gosto do tanino”? Como perceber se um vinho tem mais ou menos tanino? Na verdade, os taninos não podem ser sentidos no olfato ou no paladar. Eles não têm cheiro ou gosto propriamente ditos. O que eles fazem é causar sensações táteis em nossa boca durante a degustação do vinho.
A principal sensação provocada pelos taninos em nossa boca é a de adstringência, uma espécie de impressão de secura e rugosidade. Passando a língua pelo palato, ao invés de o sentirmos úmido e liso, experimentamos uma resistência ao escorregamento. É mais ou menos como quando tomamos uma xícara de chá forte e sem açúcar ou acidentalmente mordemos um caroço de uva.
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Tintos pouco tânicos apresentarão essa adstringência de forma balanceada desde jovens. Já nos vinhos produzidos com mais tanino, caso consumidos antes de certo período de guarda, essa sensação é mais agressiva. À medida que os vinhos envelhecem, os taninos suavizam-se, tornando-se mais aprazíveis e provocando texturas mais delicadas e menos agressivas.
Assim, compreender o papel dos taninos na composição dos vinhos é fator fundamental para auxiliar nas escolhas mais apropriadas a cada ocasião e proporcionar que se desfrute ao máximo dessa cativante bebida.
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