Do fim da Segunda Guerra Mundial aos acordos de desarmamento nuclear, a caneta Parker assinou a história mundial
por Fernando Roveri
Parker 100: elegancia e sofisticacao para comemorar os 100 anos da empresa |
Após cinco anos, Parker dava seu primeiro passo comercial ao registrar a patente da Lucky Curve, sucesso de vendas até a década de 20. Em 1917, durante a Primeira Guerra Mundial, surgiu outro grande negócio: o Departamento de Guerra dos Estados Unidos comprou um grande lote da caneta Parker Trench, distribuída a soldados americanos e europeus nos fronts de batalha. No ano seguinte, Parker alcançou seu primeiro milhão de dólares de faturamento. A caneta Parker fez história. Em 1915, George Parker, em protesto contra Hitler, enterrou diversas canetas em uma de suas fábricas em construção, já que ele era judeu. Essas canetas continham o antigo símbolo da sorte dos índios americanos, e há informações de que atualmente existam apenas 15 unidades pelo mundo hoje.
#Q#Modelos que avançaram com a história
Durante a Primeira Guerra Mundial, Parker inventou uma caneta para ser utilizada pelos soldados americanos e europeus, cuja tinta vinha em forma de pílula para ser dissolvida com a água da chuva. Esse modelo é conhecido até hoje como "Big Red", graças à sua cor.
Em 1933, Parker surgiu com outra idéia original: a Vacumatic, com seu sistema de enchimento com pistão, um marco na escrita mundial e a primeria a apresentar clip em forma de flecha, símbolo da marca. Em 1940, para comemorar os 51 anos da companhia, foi lançada a Parker 51, que demorou onze anos para ser projetada. Produzida em diversos países, inclusive no Brasil, foi o maior sucesso de vendas da história da indústria de canetas, com mais de 20 milhões de unidades vendidas até 1970.
Outros lançamentos inovadores surgiram da mente criativa de George Parker. Em 1945, lançou sua primeira esferográfica, que escrevia cinco vezes mais que as concorrentes e alcançou 3,5 milhões de unidades vendidas no primeiro ano. A Parker 61 surgiu em 1956, e foi a primeira caneta tinteiro da empresa e a primeira a utilizar o sistema de fluxo capilar de tinta criando uma caneta que se auto-alimentava, não borrava e escrevia até de cabeça para baixo. Em 2003, para comemorar o centenário da empresa, foi lançada no mercado a Parker 100. Ao mesmo tempo clássica e moderna, esta caneta possui um estilo único, mesclando as formas tradicionais dos modelos mais antigos da Parker com um toque moderno e arrojado. A Parker 100 possui um profundo sombreamento escuro devido à aplicação de revestimentos múltiplos da laçada em uma base de bronze. Os detalhes da caneta são banhados em ouro 23 quilates. De fácil manuseio, possui mecanismo de torção para uma abertura suave.
Assinaturas Históricas feitas com a Parker
• Segunda Guerra Mundial Em 7 de maio de 1945, duas canetas Parker 51 pertencentes ao General Eisenhower foram usadas para assinar o fim da Segunda Guerra Mundial.
• Rendição dos Japoneses Em 02 de outubro de 1945, o General MacArthur assinou a rendição dos japoneses em Pearl Harbor utilizando sua Parker Duofold vermelha.
• Acordo de Paz com o Vietnã O secretário do Estado William P. Rogers assinou o Acordo de Paz do Vietnã usando uma Parker 75.
• Acordo de Desarmamento Nuclear Os presidentes Bush e Gorbatchev trocaram canetas Parker ao assinarem os Acordos de Desarmamento Nuclear de 1990 e 1991. As canetas utilizadas foram uma série limitada que tinha emblemas gravados com o logo em forma de apito, no topo da tampa, um símbolo do Fundo de Assistência às Vítimas de Calamidades Públicas, feito de metal utilizado em mísseis desarmados.
• Assinatura do Termo de Posse do Segundo Mandato do Presidente Fernando Henrique Cardoso
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso utilizou uma Parker 51 de ouro, originalmente do ex-presidente Getúlio Vargas, para assinar o termo de posse de seu segundo mandato em janeiro de 1999. O presidente, por sua vez, passou a caneta a cada um de seus novos ministros para que também assinassem seus termos com a mesma caneta. "Vocês notaram a caneta que usei", perguntou aos jornalistas. "Eu não sei se é de ouro. Mas tem história".
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