Sinônimo de champagne, o monge beneditino Pierre Pérignon afirmou que estava bebendo estrelas, mas queria acabar com o gás nas garrafas
por Redação
Sinônimo de champagne, o monge beneditino Pierre Pérignon nasceu em 1639 e ficou famoso por ter descoberto o vinho espumante e por isso teria pronunciado a frase: "Venham rápido irmãos, estou bebendo estrelas".
No entanto, a história real por trás dessa lenda diz que Pérignon, durante boa parte da vida, tentou é criar uma maneira de acabar com o gás que seus vinhos produziam.
Nos idos do século 17, época em que viveu Pérignon, os vinhos mais reconhecidos eram os borgonheses da região de Beune. Eram tintos de extrema riqueza e os preferidos pela corte. Champagne, naquele momento, não era páreo em termos de vinhos tintos, mas esforçava-se para produzir um branco de alto nível.
Foi Pérignon, aliás, quem prescreveu usar somente uvas tintas, como a Pinot Noir, para produzir os vinhos brancos (lembrando que todo vinho é originalmente branco e só ficam tintos caso sejam macerados com a casca tinta). Contudo, os vinhos da região costumavam apresentar um grave "defeito". Eles tinham uma instabilidade e tendiam a parar de fermentar com a chegada do frio no outono, e recomeçar a fermentação com o aumento da temperatura na primavera.
Isso certamente não era um problema enquanto os vinhos estavam em barris, porém, o consagrado monge de Hautvillers não gostava de deixar seus vinhos muito tempo nas barricas, alegando que eles perdiam seus preciosos aromas caso não fossem engarrafados cedo. Com isso, a segunda fermentação acontecia dentro da garrafa e, como o vidro não era muito resistente, as garrafas explodiam devido à pressão gerada pelo gás carbônico.
Para se ter uma ideia, era natural andar dentro das caves com um capacete protegendo a cabeça e roupas mais resistentes para evitar cortes devido aos estilhaços de vidro de garrafas que explodiam. Tamanha fragilidade, obviamente, dificultava o comércio da abadia de Hautvillers, que era extremamente lucrativo. Por volta de 1700, seus vinhos valiam cerca de 50% mais do que os outros da região. Então, diante disso, o que Pérignon sempre quis, foi evitar essa segunda fermentação, pois ela causava prejuízo.
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