Condições climáticas comprometeram a safra de 2024, que registrou queda em relação ao ano anterior
por Redação
Após uma temporada marcada por condições climáticas adversas, os produtores de vinho da África do Sul estão otimistas em relação à safra de 2025, devido à maior parte das regiões vinícolas do país ter registrado boas precipitações no inverno e temperaturas baixas dentro da média do período, além de poucos danos causados por geadas.
Segundo a previsão da associação Vinpro, que representa cerca de 2.600 produtores sul-africanos, a próxima safra tem potencial para recuperar o cenário observado em 2024, ano fortemente impactado por enchentes e ventos fortes, cujo rendimento total foi de pouco mais de 1 milhão de toneladas – uma queda de 7% em relação a 2023.
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Depois da colheita deste ano, as videiras acumularam reservas de carboidratos, por causa da menor pressão de doenças, e, em geral, os viticultores realizaram a poda mais tarde para reduzir o risco de danos causados pelas geadas. Essas medidas e as condições climáticas da primavera contribuíram para uma brotação mais uniforme.
Segundo informações divulgadas pelo site Harpers, apesar do otimismo, as entidades do setor sul-africano mostraram cautela em relação à iniciação dos cachos – uma fase crucial no ciclo de vida da videira. O sucesso dessa etapa pode influenciar diretamente o tamanho e a qualidade das uvas, segundo os especialistas ouvidos.
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No período de iniciação dos cachos deste ano, houve condições climáticas atípicas no país: regiões do interior enfrentaram clima frio e úmido, enquanto as áreas costeiras registraram calor e vento. Justamente esse cenário irregular é que pode ter impactado o processo de iniciação, fundamental para a colheita de 2025.
Mesmo com alguns vinhedos ainda se recuperando dos danos causados pelas inundações, a indústria vinícola da África do Sul se diz resiliente e espera condições climatológicas mais favoráveis. Há expectativa de que esses fatores, em conjunto, contribuam para o retorno da qualidade dos vinhos do país.
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