EUA

Consumo moderado de álcool pode melhorar a saúde, aponta relatório

Principal vantagem está no menor risco de problemas cardiovasculares, como infarto

Relatório que apontou benefícios do consumo moderado de álcool não faz distinção entre os tipos de bebidas alcoólicas - Freepik
Relatório que apontou benefícios do consumo moderado de álcool não faz distinção entre os tipos de bebidas alcoólicas - Freepik

por Redação

Um novo relatório feito em dezembro de 2024 por especialistas dos Estados Unidos analisou estudos publicados a partir de 2010 e chegou à conclusão de que o consumo moderado de álcool – considerado de uma dose para mulheres e de duas doses para homens ao dia – pode trazer benefícios à saúde, principalmente em relação a doenças cardiovasculares.

O documento aponta com “média certeza” que tal ingestão diária está associada a uma mortalidade menor, independentemente da causa, na comparação com quem não ingere bebidas alcoólicas. Há indicação também de que o consumo pode estar associado a um menor risco de infarto e de AVC (acidente vascular cerebral) não fatais.

Clique aqui e assista aos vídeos da Revista ADEGA no YouTube

A análise, conduzida pelo Comitê de Revisão de Evidências sobre Álcool e Saúde, tem como objetivo fornecer embasamento científico para as diretrizes dietéticas dos EUA, que são atualizadas a cada cinco anos por órgãos do governo federal. Assim como alertar sobre as lacunas de pesquisas existentes, para que possam ser sanadas no futuro.

“A base de evidências sobre álcool e saúde é imperfeita, e conduzir a pesquisa tem muitos desafios, como a falta de padronização para os termos 'não consumidor' e ‘consumidor moderado’ e a possibilidade de que as pessoas subnotifiquem o próprio consumo de bebidas alcóolicas”, ressaltou o professor Ned Calonge, presidente do comitê.

LEIA TAMBÉM: Uva usada para vinhos pode ajudar a tratar perda de visão por diabetes

No relatório, os pesquisadores também concluíram, com “média certeza”, que o consumo moderado de álcool está relacionado a um maior risco de câncer de mama em mulheres. No entanto, o estudo não encontrou evidências de que tal ingestão de bebida alcoólica influencie tumores malignos na laringe, na faringe e no esôfago.

Os especialistas também não puderam concluir se há alguma correlação entre o álcool e possíveis alterações do peso corporal ou o desenvolvimento de doenças neurocognitivas, como o Alzheimer. O comitê não conseguiu atribuir o nível de “alta certeza” para nenhum dos oito campos analisados na área da saúde.

ABAIXO, OS MELHORES TINTOS ATÉ R$ 500 RECÉM-DEGUSTADOS ⬇ 

palavras chave

Notícias relacionadas