O controverso espumante "72 Virgins" está sendo vendido para levantar fundos para uma organização anti-islâmica na Austrália
por Redação
O espumante Hal & Al’s 72 Virgins está sendo vendido para financiar um grupo anti-islâmico chamado de Q Society, conhecido por ser o maior movimento anti-islâmico da Austrália. Fundado em 2010, o grupo alega que o Islã não é apenas uma religião, mas uma doutrina política, financeira, social e militar que possui ensinamentos que levam ao preconceito, à violência e às práticas antidemocráticas.
No rótulo do espumante brut está escrito ironicamente: “O consumo desse vinho australiano pode te privar do paraíso islâmico. Entretanto, os paraísos judeus e cristãos estão abertos como alternativas”. Vale lembrar que o islamismo não permite que seus seguidores bebam vinho e que, segundo a tradição, 72 virgens estarão à disposição dos homens quando chegarem ao paraíso. O grupo declarou que o rótulo não pretende ofender ninguém, é apenas um “começo de conversa”.
Em entrevista, Debbie Robinson, a presidente da Q Society declarou que as vendas do espumante estão em alta, “mesmo assim, não é algo a ser levado tão a sério”. Quando perguntada se o vinho poderia ofender alguém, ela declarou que não acha ofensivo, mas que as pessoas se ofendem por qualquer coisa. A presidente da organização declarou também que sua ideologia não é racista, uma vez que o Islã não configura uma raça.
Os fundos levantados pelas vendas do vinho serão usados para trazer representantes do grupo de outros lugares do mundo para a Austrália. Segundo o grupo, o objetivo dessa prática é evitar uma possível “islamização” no país. O vinho está sendo vendido por 72 dólares australianos, e foi descrito como “agradável de beber”, e que vem de “um renomado produtor no Barossa Valley”, cujo nome não foi divulgado.