Do rosado pálido ao mais intenso, os vinhos rosés de Portugal são sedutores e saborososs
por Sílvia Mascella
Sempre é preciso reafirmar: a cor do vinho vem da casca da uva, mais precisamente do contato da casca da uva com o mosto (suco). E os rosés, que num passado não muito distante, já foram relegados a vinhos de menor importância, tiveram nas últimas décadas um olhar mais dedicado dos produtores, gerando vinhos muito mais interessantes.
A gama de cores dos rosés varia muito, não apenas pelo tempo de contato das cascas das uvas, mas pela variedade dessas uvas, pois algumas são mais tintoreiras (esse é o termo que significa que elas são mais capazes de dar cores mais fortes ao vinho) do que outras. As cores vão desde um rosa pálido, quase como casca de cebola, passando pelos tons como rosa bebê, algumas tonalidades quase alaranjadas, até cores intensas, beirando o escarlate.
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Além disso, cada variedade de uva tem seus aromas e sabores típicos e nem todas elas podem ser utilizadas em rosés, por isso as escolhas dos enólogos são ainda mais delicadas quando se trata de produzir um rosé. Eles precisam ter uma bela cor, aromas agradáveis e (em geral) frutados, apenas um toque de tanino e é importante que sejam vibrantes e frescos. Não é uma combinação fácil de alcançar utilizando as uvas tintas.
Portugal é um dos países que possui a maior gama de rosés, que começando pelo norte do país, na região do Vinho Verde, que tem até uvas específicas para os rosados, a Padeiro e a Espadeiro. No Alentejo, no Douro, no Dão, na Bairrada e até na Península de Setúbal, os enólogos estão produzindo vinhos que podem ser muito delicados e também muito intensos, como é o caso de alguns feitos com as uvas mais tradicionais de Portugal, como a Touriga Nacional e a Aragonez.
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Perfeitos para a harmonização, os rosés são fáceis até nisso: os alimentos rosados são sua companhia acertada. Desde os peixes como o salmão, o polvo e o camarão, as massas com molhos da mesma cor, as frutas vermelhas e rosadas (como a pitaya, a ameixa fresca e o figo), os patês como de atum ou pimentão e até o homus de beterraba e todos os frios: presuntos, salame, copa, pastrami e (aqui vai a dica de ouro) a mortadela! Sem contar que os rosés mais intensos também harmonizam com alguns cortes de carne de porco, com linguiça e com a cozinha mexicana.
Veja abaixo os melhores rosés degustados por ADEGA, aprecie as cores e escolha o seu!