G7 proíbe exportação de produtos de luxo para país de Putin enquanto durarem os ataques contra a Ucrânia
por Silvia Mascella Rosa
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyer
Mais um capítulo das sanções econômicas contra a Rússia foi escrito na sexta-feira, dia 11 de março, em Berlim, pelo G7 (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido) e pela Comunidade Econômica Europeia, com a proibição de vendas de produtos e bens de luxo, visando - segundo comunicado do grupo - atingir as elites que apoiam a máquina de guerra do governo russo.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyer, declarou ontem: "Vamos proibir a exportação de bens de luxo dos nossos países membros. A elite russa não vai mais desfrutar de um estilo de vida luxuoso enquanto as bombas caem sobre pessoas inocentes".
As medidas práticas, no entanto, ainda não foram anunciadas pois na Europa o conceito de 'bens de luxo' varia de acordo com os países que sofrerão as sanções. Para a Coréia do Norte os artigos incluídos foram desde cavalos puro-sangue passando por cosméticos, trufas e vinhos. Já para a Síria, sob embargo desde 2012, a proibição atingiu as bebidas vendidas por mais de 50 euros o litro, entre outros produtos.
Dadas as antigas sanções, é bem provável que os Champagnes estejam no centro dessas proibições, junto dos vinhos IGP e de outros espumantes e destilados europeus. Ainda mais pelo fato de o Champagne ser um item de consumo de luxo tão apreciado pela elite russa e pelo próprio Vladimir Putin, que já declarou em mais de uma ocasião que "Só quem se arrisca bebe Champagne". Mas os franceses foram os primeiros a suspender as exportações de seus vinhos, logo no começo do conflito, embargo que será agora seguido pelos outros membros da Comissão Europeia.
As sanções atingem também as importações, com vários países proibindo a importação de ferro, aço, vodca, caviar e diamantes vindos da Rússia.
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