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  • Óleo de terras mouras

    O clima Mediterrâneo é próprio para o cultivo da azeitona e consequente produção do azeite, mas engana-se quem pensa que a "dádiva do Mediterrâneo" está restrita à Europa

    por João Calderón

    fotos: divulgação

    Espanha, Itália e Grécia são os três principais produtores do óleo de oliva do mundo, todos localizados às margens do mar Mediterrâneo. Não podemos nos esquecer de Portugal, que também apresenta características deste famoso mar. Mas isso tudo já não vimos? E por que falar novamente do mar Mediterrâneo?

    Simplesmente, porque a "dádiva do Mediterrâneo" não se restringe somente a esses países. Existe também seu outro lado, que ainda não conhecemos e que, por muitos, é chamado de "o lado pobre": o norte da África, que também pode ser capaz de nos trazer muitas surpresas.

    Os países do norte da África possuem tradição no cultivo da oliva, produzindo grande quantidade de óleo. Com algumas exceções, tratam-se de nações com economia pouco desenvolvida, consideradas "parentes pobres" do Mediterrâneo europeu, e não que conseguem alcançar a alta qualidade que se procura hoje em dia no mercado.

    No entanto, seu potencial é grande. Com possíveis melhoras no cultivo, colheita e nos processos de extração do óleo, eles podem igualar os países mais desenvolvidos, porque, como bem sabemos, as características que possuem por serem banhados pelo Mediterrâneo já os deixam localizados em um excelente terroir.

    Visitar os olivais do norte da África é como voltar no tempo. Lá os produtores estocam as azeitonas por algumas semanas antes que elas sejam prensadas; e também apenas alguns deles ainda estão iniciando os processos de purificação para promover a produção de um óleo de melhor qualidade. Boa parte dessas pequenas indústrias ainda espera exportar o seu óleo a granel para países como a Itália, que podem aproveitá-lo em possíveis blends. Então, vamos conhecer um pouco melhor estes lugares e suas características.

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    fotos: divulgação
    Visitar os olivais do norte da África é como voltar no tempo. Os produtores estocam as azeitonas por semanas antes de elas serem prensadas

    Argélia

    Dominada pelos impérios Romano, Bizantino e Otomano, a Argélia foi também invadida pelos árabes entre os séculos VII e VIII. Os mouros deixaram como legado, além da religião muçulmana, muito de sua cultura.

    Sua agricultura se concentra, principalmente, nos vales férteis do norte do país e nos oásis do Saara; sendo a oliva uma de suas principais culturas. Ocupando cerca de 200 mil hectares, seus olivais são tomados principalmente pelos cultivares chemial e azeradj, sendo esta última também utilizada para o consumo de olivas de mesa.

    O plano de desenvolvimento agrícola do país vem expandindo a área dos olivais e modernizandoas, porém a qualidade do óleo produzido ainda não é das mais altas.

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    Marrocos

    Antiga província romana e também invadida pelos árabes no século VII, o atual reino de Marrocos tem na agricultura uma crucial força de trabalho, e seu consequente importante papel na economia.

    Uma característica muito peculiar desse país está em sua relação com seu principal cultivar, uma vez que nenhum outro possui uma proporção tão elevada da produção de um mesmo cultivar, a picholine marocaine, que está representada por cerca de 98%.

    Existem, atualmente, diversos estudos sendo feitos no Marrocos pelo COI (Conselho Oleícola Internacional), que sugerem um maior investimento em sua indústria olivícola, já que hoje é o país com maior potencial de aumento na produção do óleo de oliva em todo o Mediterrâneo.

    Tunísia

    O cultivo de azeitonas na Tunísia se estabeleceu no período de domínio cartaginês e, desde então, veio se desenvolvendo. Hoje, o país é o quarto maior exportador de azeite de oliva do mundo, e o primeiro fora da União Europeia. Sua olivicultura possui um papel muito importante na economia do país, contribuindo com cerca de 50% de todas as exportações agrícolas e ocupando uma área total de aproximadamente 1,6 milhões de hectares. Boa parte dessa produção é exportada a granel para blends posteriormente elaborados na Itália e Espanha.

    O país possui uma grande quantidade de microclimas, o que permite o cultivo de diferentes variedades do fruto, dentre eles chamlali e chetoui, as duas principais, e algumas outras como meski, oueslati, zalmati e chamchali. O óleo de oliva tunisiano de melhor qualidade é produzido na região de Cartago, possuindo aroma e sabor que lembram o de frutas frescas.

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