Explicamos em quatro breves capítulos, como nasceu o rótulo do Pêra-Manca, o orgulho luso engarrafado
por Dado Lancellotti @contra_rotulo
O ano é de 1365 e uma aparição da Virgem Maria a um pastor foi responsável por estabelecer um local de peregrinação religiosa nas imediações de Évora, no Alentejo.
Algum tempo depois, esse lugar se tornou a sede de uma igreja da Ordem de São Jerônimo e do Convento do Espinheiro.
Nos séculos XV e XVI, os frades da congregação conservaram vinhas em um barranco com muitas pedras de granito soltas que “mancavam” (oscilavam). Seu nome surgiu exatamente dessas “pedras mancas”.
O vinho era muito famoso na época e foi citado nas crônicas quinhentistas. Dizem que os navegadores portugueses os levaram a bordo das naus rumo às Índias e que Pedro Álvares Cabral embarcou alguns barris nas caravelas que desembarcaram no Brasil.
Seria este o vinho que ele brindou com os indígenas e que Pero Vaz de Caminha relatou em uma das suas cartas.
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