França e Espanha se juntam no desenvolvimento de viticultura resistente às mudanças climáticas

Os dois países irão trabalhar em novas técnicas e métodos para se antecipar aos possíveis problemas

André De Fraia Publicado em 22/02/2021, às 15h00 - Atualizado às 20h02

 

França e Espanha se unem para buscar novas formas de adaptar a vitivinicultura às mudanças climáticas

Os governos da França e da Espanha anunciaram que irão trabalhar juntos em um projeto que visa encontrar novas técnicas e métodos na vitivinicultura que tornem as plantas mais resistentes às mudanças climáticas e possam assegurar as características e qualidade dos vinhos.

Chamada de VITISAD, a pesquisa terá a duração inicial de 32 meses e fará estudos em cinco áreas da viticultura: solo, irrigação, proteção do vinhedo contra altas temperaturas, uso de fertilizantes orgânicos contra as mudanças climáticas e uma análise genética das castas para determinar quais são mais resistentes ou adaptáveis à climas extremos.

Muitos estudos estão sendo feitos nessa área depois das fortes ondas de calor que atingiram a Europa nos últimos anos, até o famoso corte bordalês pode estar em xeque.

Como as mudanças climáticas afetam a viticultura

O aumento das temperaturas faz com que as uvas amadureçam cada vez mais rapidamente, alterando diversas características como a quantidade de açúcar, acidez, potencial fenólico entre outros. Assim, consequentemente, a qualidade e as características regionais do vinho podem mudar. Outro fator é o aumento das chuvas torrenciais que contribuem diretamente para a erosão do solo e ainda prejudicam o bom amadurecimento das uvas.

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