Dicas de como seguir a ordem correta na degustação de vinhos
Silvia Mascella Publicado em 07/03/2024, às 08h00
Diferentemente do dito popular, a ordem dos vinhos altera, sim, a percepção final deles. E se o objetivo for treinar o olfato e o paladar, a ordem da degustação é bem importante. Nossos sentidos são condicionados pelo meio à nossa volta também, por isso a primeira dica é: não utilize perfumes fortes se for degustar e nem deixe velas aromáticas no ambiente.
Prepare um espaço bem iluminado, com guardanapo branco ou toalha branca (para poder ver bem as cores dos vinhos), deixe água fresca e pão neutro por perto para poder "limpar" o paladar entre um vinho e outro.
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Mas se a sua degustação estiver acompanhada de um jantar, seguem umas regras básicas. É claro que você deve estar fazendo tudo para que os alimentos e as bebidas estejam na melhor combinação possível, por isso vale pensar que para começar você pode servir um espumante brut (ou extra brut) ou um vinho branco leve e seco (Riesling, por exemplo). Eles não vão comprometer o paladar para o que vem em seguida, e devem harmonizar com petiscos e antepastos.
Se a entrada for fria, considere um branco com mais corpo (Chardonnay) ou um rosé. Se for quente, pense num vinho que possa ser servido um pouco mais refrescado e com boa acidez (Pinot Noir ou até um Gamay). Para o prato principal siga a regra de quanto mais complexo o prato (molhos, temperos, combinações), mais complexo o vinho - é momento de pensar nos blends e nos vinhos mais encorpados e com passagem em madeira. Não esqueça de um vinho mais doce para a sobremesa.
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Se você estiver organizando uma degustação mais formal (sem refeição) para um grupo ou uma confraria, não esqueça que não vale começar com vinhos doces, pois eles irão ocupar seu paladar e atrapalhar a prova dos outros vinhos. Uma ordem fácil é a seguinte:
1- Os vinhos mais jovens primeiro e os mais velhos depois;
2- Os espumantes mais secos são servidos primeiro (na ordem Nature-Extra Brut-Brut), depois os meio-secos e, por fim, os moscatéis;
3- A degustação de vários estilos deve começar com os espumantes secos, depois os brancos sem madeira (Sauvignon Blanc, Pinot Grigio etc), brancos com madeira (Chardonnay, Alvarinho), rosés mais claros para rosés mais escuros, tintos leves, tintos sem madeira, tintos com madeira, tintos de guarda e/ou assemblagens, espumantes doces, vinhos doces (colheita tardia, Sauternes etc) e, por fim, os vinhos fortificados (Porto, Madeira etc).