Vinho contrabandeado

Carga avaliada em 1 milhão de reais é apreendida na fronteira com o Uruguai

Cerca de 500 garrafas de rótulos premium como Vega Sicília Único, Alión, Fontodi Flaccianello della Piave e Penfolds Grange Bin 95

Apreensão ocorreu na BR-293 em Dom Pedrito, RS
Apreensão ocorreu na BR-293 em Dom Pedrito, RS

por Silvia Mascella Rosa

Na madrugada de sábado, dia 26 de março, na BR-293 em Dom Pedrito (RS), a Polícia Rodoviária Federal e a Brigada Militar interceptaram um comboio de quatro veículos transportando caixas de vinho trazidas ilegalmente do Uruguai, em valores que chegam a um milhão de reais.

Os quatro motoristas foram de São Paulo até Porto Alegre de avião, onde alugaram os veículos e desceram até a cidade de Rivera no Uruguai, que faz divisa com a cidade brasileira de Santana do Livramento. Em Rivera eles pegaram a carga e estavam fazendo o caminho de volta para Porto Alegre, onde embarcariam para São Paulo com as garrafas para revendê-las.

"É, infelizmente, o "trabalho" dessas pessoas, uma rotina de contrabando e descaminho", afirma o Inspetor Vasconcelos, chefe da delegacia da Polícia Rodoviária Federal em Santana do Livramento. Ele explica que são duas áreas de risco que estão sempre no radar da PFR, a divisa Uruguaiana-Los Libres (onde na semana passada foi apreendida uma carreta com vinhos contrabandeados) e a divisa de Santana do Livramento com Rivera. 

Na ação de sábado foram encontradas aproximadamente 500 garrafas de vinhos de alto valor, principalmente europeus, como os espanhóis Vega Sicília Único e Alión (de mais de uma safra), o italiano Fontodi Flaccianello della Piave e o australiano Penfolds Grange Bin 95, entre outros. Nenhuma das garrafas recolhidas tem valor de mercado menor do que mil reais e algumas delas podem chegar a custar 8 mil reais num restaurante.

Os veículos e a carga foram apreendidos e os homens foram encaminhados para a polícia de Santana do Livramento, onde estão detidos. Segundo o inspetor Vasconcelos, as ações para coibir esses atos fazem parte do dia a dia da polícia, e o fato de estarmos vendo mais apreensões se deve ao trabalho da inteligência da Polícia Federal ter evoluído muito nos últimos anos: "O nosso resultado final está diretamente ligado a um movimento que une tecnologia, inteligência e trabalho de campo", explica Vasconcelos.

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