Pesquisa do instituto de cardiologia de Massachusetts, nos EUA, mostra que o consumo moderado de vinho diminui o estresse e o risco de doenças cardíacas
por Redação
É fato: a ingestão moderada de álcool diminui o risco de doenças cardíacas, reduzindo os sinais relacionados ao estresse no cérebro.
A afirmação é resultado de pesquisa feita pelo instituto de cardiologia do Massachusetts General Hospital, nos Estados Unidos. O trabalho classifica a ingestão de álcool pelos indivíduos em quatro categorias: nenhuma, baixa (menos de uma dose por semana), moderada (uma a 14 doses por semana) e alta (mais de 14 doses por semana).
Os registros do hospital foram verificados para ver quais indivíduos tiveram eventos cardiovasculares adversos, como ataque cardíaco e derrame. Dos 53 mil participantes, quase 8 mil haviam tido um grande evento cardiovascular adverso em suas vidas.
Kenechukwu Mezue, chefe do estudo, e sua equipe observaram áreas do cérebro com atividade aumentada e mediram a atividade cerebral relacionada ao estresse em uma parte do cérebro associada ao medo e ao estresse por meio da realização de exames de imagem em 752 participantes.
“Medimos a atividade na região e a controlamos com medições no córtex pré-frontal e cerebelo. Estudos anteriores mostraram que níveis aumentados de ativação da região foram associados a inflamação subsequente nos vasos sanguíneos e aumento da inflamação das artérias e, subsequentemente, aumento do número de eventos cardiovasculares”, disse em entrevista à revista Wine Spectator.
Seus resultados mostraram que os participantes sem ingestão, baixa ingestão e alta ingestão de álcool apresentaram níveis mais elevados de atividade da região cerebral estudada do que indivíduos com ingestão moderada.
Os participantes que relataram ingestão moderada de álcool tiveram uma chance 20% menor de ter um evento adverso em comparação com o grupo de baixa ingestão. Mezue também descobriu que exercícios e ioga se correlacionam com níveis mais baixos de eventos cardiovasculares adversos.