Entre celebridades e champagnes

O apresentador Amaury Jr. exalta a amizade surgida entre enófilos e diz que os tiranos eram abstêmios

por Fernando Roveri

Laan Rodrigues
Da indústria nacional, Amaury Jr. fica com os espumantes

Há 23 anos no ar, o rosto do apresentador Amaury Jr., nascido em Catanduva, é conhecido por todas as classes sociais. Sempre rodeado pelas maiores celebridades do Brasil e do mundo, o apresentador do programa Flash, transmitido pela Rede TV!, reúne entre suas paixões, o vinho. "A família de minha mãe é italiana, de Napoli. Desde pequeno convivi com o vinho no dia-a-dia das refeições. Meu avô, inclusive, importava vinho da Itália que chegava em barris", confessa ele. O interesse aumentou no decorrer dos anos.

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Atualmente Amaury tem uma pequena adega particular em casa, na qual guarda especialmente alguns rótulos prestigiados, presentes de amigos que colecionou ao longo de sua carreira "Guardo algumas jóias que recebo de amigos como Lirio Parisotto, Gilberto Bomeny, Idílio Lopes, entre outros craques do vinho". O vinho tinto tem preferência obrigatória, mas, no verão, ele não dispensa a presença dos brancos espumantes e do Champagne, "extremamente gelado". "Champagne quente é pior do que veneno de bilheteria", brinca.

O jornalista tem um grande apreço pela criação de Don Pérignon. Para O apresentador Amaury Jr. exalta a amizade surgida entre enófilos e diz que os tiranos eram abstêmios ele, o saboroso líquido borbulhante é a melhor bebida para levantar um brinde em momentos especiais. "Costumo dizer - e isto aprendi por aí - que o sujeito que não bebe é um chato. Historicamente, os grandes vilões da história eram abstêmios, como Hitler e Mussolini. Mas nunca se deve chegar ao exagero da embriaguez. O ideal é um estado lubrificado", ressalta o apresentador. E completa: "Essa circunstância o remete a ser melhor pai, melhor marido, melhor amante, melhor com os amigos".

Como o apresentador também cobre eventos internacionais nos Estados Unidos e Europa, traz na bagagem histórias caras aos enófilos. "Em minhas viagens nunca deixo de visitar pequenas vinícolas para testar preciosidades únicas. Na França já fiz umas das routes du vin. Este ano, durante minha estada na Alemanha, incluí nas minhas reportagens uma ida a uma adega maravilhosa do Hotel Kempiniski, em Erbach", gaba-se o apresentador. Entre as viagens inesquecíveis também ressalta uma visita ao Napa Valley, Califórnia, mundialmente conhecido pela produção de vinhos. Além desses grandes momentos onde o trabalho, o vinho e o prazer se unem, Amaury Jr. é convidado para eventos e jantares com enófilos ilustres e degusta raridades engarrafadas. "Não posso deixar de citar a mesa de Vitor Abud, um exigente consumidor de raridades onde o Romanée-Conti é obrigatório. Sempre tenho também o privilégio de ser convidado para a confraria de Alberto Bacchi, outro point que nunca faltam grandes descobertas", revela o jornalista.

Na sua opinião, a França ainda é o país que produz os melhores vinhos do mundo. Em suas palavras, "a mãe se diverte brincando com cores, texturas e sabores enlouquecedores". No entanto, ele também aprecia a qualidade do Novo Mundo. "A avançada tecnologia interferindo nas propriedades do solo e cultivo estão proporcionando excelentes vinhos em várias partes do mundo, acho que há espaço para todos. Hoje, os vinhos californianos e chilenos, principalmente, são obrigatórios nas adegas mais exigentes", ressalta Amaury. Dos vinhos produzidos no Brasil, ele destaca o requinte dos espumantes brasileiros que têm conquistado o paladar dos enófilos aqui e no mundo.

Nacionalmente conhecido como um dos maiores colunistas sociais do país, Amaury Jr. é prova de que o vinho, além de proporcionar momentos únicos de prazer, é a bebida que une as pessoas e fortalece os laços de amizade.

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