Feito por um ícone do Douro, em Portugal, o rótulo traz uma oportunidade rara de conhecer a Touriga Franca em sua pureza
por André De Fraia
A história do vinho e da região do Douro se confundem com a da Quinta do Crasto. Afinal, os primeiros registros sobre a propriedade remetem ao ano de 1615.
O Douro é considerado a primeira região demarcada de vinhos do mundo. Marquês de Pombal, entre os anos de 1758 e 1761, mandou instalar marcos de pedra granítica para delimitar onde deveriam ser plantadas as uvas para a produção de vinho de qualidade.
Um dos marcos pombalinos, como ficaram conhecidos, está na propriedade da Quinta do Crasto e pode ser vista ao lado à casa centenária da vinícola. A empresa, que passou pela mão de diversos proprietários, foi adquirida no início do século 20 pelo famoso produtor de vinhos do porto Constantino de Almeida.
Hoje, os tataranetos dele é que gerenciam a quinta que, além da produção de Vinho do Porto pelo qual ficou famosa, produz vinhos secos com a DOC Douro e azeites reconhecidos mundialmente.
É esta mescla de tradição com inovação que deu origem ao Quinta do Castro Touriga Franca, um raro exemplar varietal – ou seja produzido apenas com uma uva – português. O rótulo une uma das castas mais tradicionais da região do Douro com uma vinificação moderna. Resultado: surge um vinho fluido, gostoso de beber, vertical e com um longo final de boca.