O caminho de Château Valandraud para o topo dos vinhos Premier Grand Cru através de sustentabilidade e inovação
por Redação
O Château Valandraud, sob a liderança inovadora de Jean-Luc Thunevin e sua esposa Murielle Andraud, começou modestamente com apenas 0,6 hectares de vinhas e uma adega em uma garagem transformada.
Desde então, a propriedade expandiu significativamente, abrangendo agora 8,88 hectares no fértil terroir de Saint Etienne de Lisse. Antigamente visto como um rebelde, o Château hoje orgulha-se de fazer parte dos prestigiados Premier Grand Cru da classificação de Saint-Émilion.
Em 2020, a grande novidade foi a introdução de uma nova adega, um projeto desenhado pelos arquitetos Hugues e Edouard Touton da Touton Architectes. Este projeto, planejado desde 2017, segue a longa experiência dos Touton na arquitetura de vinícolas, incluindo a já existente opção de hospedagem de luxo em Valandraud. A nova estrutura é uma fusão de funcionalidade moderna e estética tradicional, integrada à paisagem com um design que reflete as construções agrícolas locais.
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Hugues Touton, nascido em Bordeaux em 1962, formou-se em arquitetura na UP6 em Paris La Villette em 1986, após estudar com o renomado arquiteto chileno Fernando Montès. Após uma temporada produtiva em Paris, Touton retornou a Bordeaux em 1989 e, após deixar a agência Teisseire & Touton em 2017, se focou na arquitetura vitivinícola junto a uma equipe de jovens sócios apaixonados pelo design de espaços de vinificação.
O projeto da nova adega de Valandraud explora a topografia do terreno para facilitar a vinificação por gravidade. A estrutura semi-enterrada utiliza técnicas de arquitetura bioclimática para regular naturalmente a temperatura das caves, complementadas por uma cobertura verde e uso estratégico da pedra local. Esta abordagem não só melhora a eficiência energética mas também se harmoniza com o ambiente local, destacando o compromisso de Valandraud com práticas sustentáveis.
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A sustentabilidade é reforçada pelo uso de 430 painéis fotovoltaicos que garantem autonomia elétrica ao Château durante todo o ano, especialmente durante a colheita. Esse investimento reflete a filosofia de Thunevin e Touton de manter uma "presença discreta" na paisagem, enfatizando uma abordagem de design que é tanto prática quanto pacífica, respeitando as tradições locais enquanto incorpora inovações contemporâneas para o futuro do vinho.