Robôs tornaram-se grandes aliados na viticultura
por Arnaldo Grizzo
O uso de robôs é uma visão cada vez mais comum na vitivinicultura mundial em que análises em tempo real são, muitas vezes, cruciais
Hoje há uma série de robôs que estão sendo testados na viticultura. Um é VineRobot, projeto da Universidade de La Rioja, cujo objetivo é o desenvolvimento de um robô agrícola equipado com tecnologias de detecção não invasivas, como sensores, fluorescência, multiespectral, infravermelho térmico e GPS. O sistema é projetado para realizar um monitoramento de vários parâmetros, como rendimento, vigor, estresse hídrico e qualidade das uvas.
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Outro é VINBOT, uma plataforma robótica com software de código aberto. O sistema é equipado com sensores para reconstrução 3D da cortina de folhas e câmeras multiespectrais de vigor de vinha, para fornecer informações importantes, como a estimativa de produtividade. Já o robô Wall-Ye pode se mover de forma independente ao longo das linhas, adquirindo dados sobre cada videira e produzindo um mapa de vinhedos detalhado. Graças a um sistema de monitoramento baseado em muitos sensores ópticos, este robô também pode realizar uma poda de precisão. O VineGuard, por sua vez, pode se mover dentro do vinhedo usando um complexo conjunto de sensores, com um sistema de movimento otimizado para terrenos irregulares. Um braço robótico projetado para a colheita de uva está em desenvolvimento.
O Vitirover é o resultado de um projeto concebido e produzido por Xavier David Beaulieu, proprietário do Chateau Coutet (Saint-Émilion). Ele é capaz de cortar a grama até uma distância de 2 a 3 cm da base da videira. Já a empresa norte-americana Vision Robotics Corporation (VRC) desenvolveu um protótipo capaz de realizar uma poda de precisão por meio de sensores ópticos que realizam uma reconstrução em 3D da estrutura da vinha. E, por fim, um protótipo de trator robótico foi desenvolvido pela Autonomous Solutions (ASI) e é capaz de suportar ferramentas agrícolas comumente usadas no gerenciamento de vinhas.
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