Sem estresse

Quem bebe vinho tem menos estresse e menor risco de doenças cardíacas

Ingestão moderada de vinho mostrou uma chance 20 % menor de ter um evento adverso

Pesquisa foi feita com 53 mil participantes
Pesquisa foi feita com 53 mil participantes

por Arnaldo Grizzo

A ingestão moderada de vinho pode diminuir o risco de doenças cardíacas e os sinais relacionados ao estresse no cérebro. É o que conclui Kenechukwu Mezue e sua equipe de cardiologia no Massachusetts General Hospital, nos Estados Unidos.

A pesquisa ainda não foi publicada, mas apresentada previamente em um congresso de cardiologia. A pesquisa classificou a ingestão de álcool pelos indivíduos em quatro categorias: nenhuma ingestão, baixa ingestão (menos de uma dose por semana), moderada (uma a 14 doses por semana) e alta (mais de 14 doses por semana).

Os registros do hospital foram verificados para ver quais indivíduos tiveram eventos cardiovasculares adversos, como ataque cardíaco e derrame. Dos 53 mil participantes, quase 8 mil haviam tido um grande evento cardiovascular adverso em suas vidas. Mezue e sua equipe observaram áreas do cérebro com atividade aumentada e mediram a atividade cerebral relacionada ao estresse em uma parte do cérebro associada ao medo e ao estresse por meio da realização de exames de imagem em 752 participantes.

“Medimos a atividade na região e a controlamos com medições no córtex pré-frontal e cerebelo. Estudos anteriores mostraram que níveis aumentados de ativação da região foram associados a inflamação subsequente nos vasos sanguíneos e aumento da inflamação das artérias e, subsequentemente, aumento do número de eventos cardiovasculares”, disse em entrevista à revista Wine Spectator. Seus resultados mostraram que os participantes sem ingestão, baixa ingestão e alta ingestão de álcool apresentaram níveis mais elevados de atividade da região cerebral estudada do que indivíduos com ingestão moderada. Os participantes que relataram ingestão moderada de álcool tiveram uma chance 20% menor de ter um evento adverso em comparação com o grupo de baixa ingestão.

Mezue também descobriu que exercícios e ioga se correlacionam com níveis mais baixos de eventos cardiovasculares adversos.

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