“Talvez eu esteja sendo ingênuo, pois a informação geralmente está no rótulo, mas é possível um vinho ter glúten?”, questiona Gilmar Lima
por Redação
O glúten é uma proteína encontrada basicamente no trigo, centeio e cevada. Pessoas com doença celíaca ou intolerância ao glúten devem evitar o consumo. Tanto que as leis de rotulagem brasileiras obrigam todos os alimentos a conter a informação se possuem ou não glúten. Mas se o vinho é basicamente feito de uvas, é obvio que ele não tem glúten, certo?
Sim, mas ainda assim pode haver formas raras de uma possível “contaminação”. Embora os ingredientes básicos usados para elaborar vinho sejam isentos de glúten, a contaminação pode ocorrer durante alguns processos. Um deles é a colagem, que remove elementos indesejados, como proteínas, compostos vegetais e leveduras, para garantir que o vinho fique límpido. Clara de ovo, proteína de leite e proteína de peixe são agentes clarificantes comuns que não contêm glúten. Mas há agentes de colagem veganos, como argila bentonita e o próprio glúten, que pode ser usado para colagem, mas é algo bastante raro.
Outra etapa em que pode haver contaminação é o envelhecimento. O vinho pode ser guardado em vários tipos de recipientes. Uma prática antiga e menos comum atualmente é armazená-lo em barris de carvalho com topos selados com uma pequena quantidade de pasta de trigo – que contém glúten. Ainda assim, o risco de contaminação existiria, mas seria bastante baixo.
Enfim, como esses métodos citados acima são extremamente raros atualmente, a chance de contaminação por glúten é baixíssima e, não à toa, a maioria quase absoluta dos vinhos é rotulada como “livre de glúten”. Na dúvida, caso não haja essa informação, é melhor consultar o site da vinícola ou entrar em contato com o produtor para questionar.
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