Exportações agroalimentares italianas alcançam 50 bilhões de euros em 2021
por Silvia Mascella Rosa
Itália registrou um aumento de 15% em relação a 2019, ano pré-pandemia
O mundo nunca comeu e bebeu tantos produtos de origem italiana como agora, segundo reportagem recente do Gambero Rosso, em sua seção "TreBicchieri" . O vinho é o carro-chefe dessas compras, mas as massas, os queijos, salames e o azeite extravirgem de oliva apresentaram resultados muito expressivos também no exterior.
O desempenho de 2021 foi avaliado como "surpreendente" pelas autoridades presentes no fórum de monitores agroalimentares, promovido pela Nomisma, empresa italiana de pesquisa econômica e consultoria, em parceria com uma empresa de informações de exportação e crédito. Segundo o gerente da Nomisma, Denis Pantini, o ano será lembrado como extraordinário para as exportações: "O crescimento envolveu vários produtos que não são commodities, trazendo ganhos parra a Itália em muitos mercados mundiais", afirmou.
Os números publicados dão conta de que em 2015 as exportações agroalimentares faturavam pouco mais de 30 bilhões de euros. Esse número saltou para mais de 50 bilhões de euros em 2021, com um crescimento de 11 % em relação a 2020 e 15% em relação a 2019, ano pré-pandemia. Os vinhos italianos ocupam lugar de destaque, nesses números, sendo a força motriz das exportações, com participação de 14% em volume e aumento de 12,7% em valor em relação a 2020.
As autoridades, no entanto, estão apreensivas com o ano de 2022 por conta do aumento de custos de produção (energia, insumos etc.) que afetará a competitividade de preços e também com o conflito entre a Ucrânia e a Rússia. O eurodeputado Paolo de Castro, que preside o Comitê Científico da Nomisma declarou ao Gambero Rosso: "As sanções ao setor agroalimentar da Rússia gerarão dificuldades diretas (como a exportação) e indiretas, pois vários países que não conseguiram entrar mais na Rússia, irão mirar a União Européia".
» Receba as notícias da ADEGA diretamente no Telegram clicando aqui