Chateâu Le Puy faz vinho raro com uvas que sofrem da “podridão nobre”

por Redação

Le Puy está localizado em Saint-Cibard, na Côtes de Francs, margem direita a leste de Saint-Emilion, na grande região de Bordeaux, França. Hoje, tem a classificação de Appelation Bordeaux Côtes de Francs Contrôlée. A produção de vinhos na propriedade teve início em 1610 (o Château em si foi em boa parte reconstruído no século 19 por Barthélemy) e, desde então, sempre esteve em mãos da família, hoje em sua 15ª geração, com Jean-Pierre Amoreau e o filho – e enólogo, Pascal.

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O comando sempre passa de pai para filho homem. Em que pese essa diretriz arcaica, dois dos vinhos produzidos atualmente homenageiam mulheres da família. O primeiro é o único vinho branco da casa, o Marie-Cécile (100% Sémillon); o outro é o raro – e caro – Marie-Elisa, um vinho doce produzido em minúsculas quantidades nos anos em que parte das uvas Sémillon é atacada pela chamada "podridão nobre". O conhecimento acumulado ao longo de mais de 400 anos de experiência transmitida diretamente de pai para filho resultou no uso de certas práticas de vinificação tradicionais (como a do "chapéu" submerso, para obter maior extração do mosto) e, principalmente, nos últimos 20 anos, a opção pela viticultura orgânica e biodinâmica.

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O vinho doce Marie-Elise é produzido a partir do fruto da vinha Semillon plantadas em uma colina especial, onde a neblina de novembro arrasta-se lentamente nas primeiras horas para encobrir as uvas e nutrir a podridão nobre causada pelo fungo Botrytis cinerea

Jean Pierre e Pascal Amoreau, enólogo, e seu pai, Jean Pierre, começaram a pesquisar maneiras de maturação de seus vinhos sem adição de sulfitos. Seus vinhos são criados usando apenas as melhores uvas, cuidadosamente selecionadas, também sem açúcares ou leveduras adicionados durante o processo de fermentação 

Eles são maturados por 24 meses sem o dióxido de enxofre, com agitação regular no cano programados de acordo com o calendário lunar (biodinâmica de maturação)

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