Colapso no Silicon Valley Bank pode trazer consequências para vinícolas da Califórnia

A quebra do Silicon Valley Bank (SVB), um banco regional dos Estados Unidos, teve grande repercussão nos mercados e ampliou as preocupações sobre o cenário econômico global, colocando pressão em instituições como o suíço Credit Suisse.

No mundo do vinho, em especial entre vinícolas da Califórnia, o Silicon Valley Bank representava entre 2% e 3% dos negócios. Ainda assim, ao menos 400 empresas ligadas a indústria da viticultura tinham conta, empréstimo ou investimentos.

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De acordo com especialistas, por ora, não existe risco de quebra das vinícolas da Califórnia visto que o governo dos Estados Unidos garantiu os depósitos de até 250 mil dólares, valor superior a maioria dos investimentos do setor no SVB. Ainda assim, de acordo com o The San Francisco Chronicle, algumas vinícolas estão com as contas bloqueadas e podem ter dificuldades em sacar quantias acima das garantidas pelo governo.

Ao longo de quase duas décadas o banco foi um dos maiores parceiros das vinícolas com sede em Napa Valley. Desde 1994 o SVB tinha uma divisão dedicada a viticultura, fundada pelo vice-presidente executivo Rob McMillan, que simpatizava com setor e emprestou mais de US$ 4 bilhões aos clientes de Napa Valley e outras regiões. A última grande presença do SVB no apoio a viticultura norte-americana foi durante o Glass Fire de 2020, que queimou mais de 67 mil acres no condado de Napa. Com regras mais flexíveis o SVB ofereceu empréstimos aos produtores que acumularam grandes perdas. Agora um dos entraves é a incerteza do mercado quanto as estratégias internas e a governança geral do banco, que levou a especulação de risco e saques de mais de 42 bilhões de dólares. Analistas agora avaliam como novos bancos vão tratar os clientes da viticultura que mantinham relações com o SVB.

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