A colheita no Vale do Loire está sendo marcada por temporadas iniciadas com seca e encerradas por excesso de chuva
por Redação
Apesar da colheita no Vale do Loire ter começado no início de setembro e ainda estar em andamento ao longo de outubro, produtores já admitiram que a safra deste ano foi complicada.
Nas regiões onde o processo está acontecendo, Sancerre, Pouilly e no Alto Loire, o período está sendo mais favorável, mas o que chama mais a atenção é o contraste nos resultados das colheitas em regiões bem próximas, como em Azay-le-Rideau e em Chinon.
LEIA TAMBÉM: Vale do Loire, um guia rápido sobre a região
Em Anjou-Saumur e Touraine, por exemplo, o início da temporada foi marcado pela seca e foi encerrado por um grande acumulado de chuva. Quem aderiu à pulverização frequente, nesta situação, conseguiu controlar o míldio, mas o mais preocupante foi a incidência da podridão ácida, também chamada de podridão azeda, que pode transformar o vinho em vinagre.
Os responsáveis pela colheita tiveram que examinar cuidadosamente os cachos e cortar as uvas podres e ácidas, facilmente reconhecidas porque transformam as uvas brancas em laranja. As uvas afetadas podem estar escondidas dentro do cacho e não serem visíveis, a menos que o cacho seja aberto.
Por fim, os produtores acreditam que haverá pouco vinho doce este ano, em parte devido às condições climáticas e à falta de procura dos consumidores.