Vinho & Saúde

Flavonoides, substância presente no vinho tinto, é apontada como um dos segredos para viver bem com o Parkinson

Pesquisa dos Estados Unidos foi publicado na revista Neurology

por André De Fraia

Uma dieta rica em flavonoides pode levar a uma vida longa com o Parkinson

Um estudo feito pela Universidade Estadual da Pensilvânia nos Estados Unidos aponta que o consumo do flavan-3-ois e de antocianinas, substâncias presentes no vinho tinto, está ligado a um menor risco de morte e ter uma vida boa com o Parkinson.

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Segundo Xiang Gao, professor da Universidade Estatual da Pensilvânia e autor do estudo, os resultados obtidos “sugerem que as pessoas com Parkinson que fizeram algo tão simples como incluir três ou mais porções por semana de alimentos comuns como bagas vermelhas, maçãs e sumo de laranja podem ter melhores hipóteses de viver mais tempo”.

“E embora não encorajemos as pessoas que atualmente não bebem álcool a começar a fazê-lo”, diz Gao, “as pessoas que já bebem álcool regularmente deveriam considerar mudar a sua bebida para vinho tinto”.

O grupo de pessoas que representava 25% dos consumidores com números mais elevados de flavonoides, em média, por dia, tinham cerca de 673 miligramas (mg) nas suas dietas, em comparação com os 25% das pessoas que representam os consumos mais baixos de flavonoides, que tinham cerca de 134mg por dia.

Depois de ajustados fatores como a idade e as calorias totais, o grupo que mais consumia flavonoides mostrou ter 70% mais hipóteses de sobrevivência, em comparação com as pessoas do grupo que menos consumia flavonoides.

O pesquisado destaca ainda que o maior consumo de flavonoides, antes do diagnóstico de Parkinson, estava associado a um menor risco de morte por qualquer causa, sugerindo ainda que as substâncias possuem uma grande gama de benfeitorias ao corpo humano.

Segundo Gao, “são necessárias mais investigações para compreender porque é que as pessoas com Parkinson que têm uma dieta mais rica em flavonoides podem ter melhores taxas de sobrevivência”.

No entanto, acrescenta o investigador, “se alguém com Parkinson for capaz de adicionar a substância às suas dietas semanais, os nossos resultados sugerem que pode ser uma forma fácil e de baixo risco de possivelmente melhorar o seu prognóstico”.

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