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    Marcelo Papa fala sobre os grandes vinhos do um dos vales costeiros do Chile

    Em uma conversa exclusiva Marcelo Papa conta sobre Amelia, um dos ícones da Concha y Toro que une terroir, precisão e inovação

    Marcelo Papa detalhou as mudanças específicas na produção do Amelia Pinot Noir
    Marcelo Papa detalhou as mudanças específicas na produção do Amelia Pinot Noir

    por Christian Burgos

    A linha Amelia, com seu Chardonnay, é considerada o "ícone branco" da Concha y Toro, vindo da região costeira de Limarí, no Chile. A mesma linha possui também um Pinot Noir da mesma zona.

    "Potencializamos o Amelia, que é uma marca importante para o grupo, e colocamos todos os nossos esforços no Amelia”, conta o enólogo Marcelo Papa em visita ao Brasil quando apresentou uma degustação vertical de três safras desses ícones.

    Clique aqui e assista aos vídeos da Revista ADEGA no YouTube

    Papa explicou que há um cuidado especial em selecionar os melhores terroirs para produzir esses vinhos. Além disso, ele falou sobre o foco na precisão, frescor e potencial de guarda dos vinhos Amelia, que se diferenciam por suas características únicas derivadas do terroir do Vale do Limarí.

    Ele destacou a importância do terroir do Limarí para a produção de Chardonnay e Pinot Noir, explicando como a ausência da Cordilheira da Costa permite uma influência direta do Oceano Pacífico, criando condições únicas para a viticultura, como a presença da camanchaca (neblina alta).

    "É um vale onde os vinhedos estão a 18-20 quilômetros do mar, não há cordilheira costeira... Isso produz um fenômeno chamado camanchaca, que basicamente deixa tudo nublado pela manhã, filtrando a luz o suficiente para amadurecer as uvas sem queimá-las”, diz.

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    Papa também apontou como os solos calcários e argilosos do Vale do Limarí afetam a estrutura e a tensão dos vinhos, e enfatizou que a combinação de calcário e argila contribui para a precisão, frescor e volume dos vinhos. "Os solos dessa zona são normalmente argilosos-calcários, que aportam volume ao Chardonnay e ao Pinot Noir e alinham frescor e precisão que vêm do calcário."

    Influências internacionais 

    Marcelo compartilhou como sua experiência na Califórnia, trabalhando com Kendall Jackson, influenciou sua abordagem na produção de Chardonnay no Chile, levando a uma busca por vinhos mais austeros e precisos, com menos fruta tropical e maior acidez. "A experiência que eu trouxe da Califórnia foi muito importante. Lá, eles sempre buscaram zonas distintas para ver o potencial, e eu trouxe essa abordagem para o Chile, buscando algo mais austero, mais francês", conta.

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    Dessa forma, o enólogo discutiu as mudanças nas técnicas de produção de Amélia ao longo dos anos, incluindo a redução do uso de barricas novas e a ênfase na acidez natural dos vinhos. "Hoje, no Amelia, não mais que 10% a 15% das barricas são novas. Reduzi a quantidade de madeira nova porque ao colher mais cedo, consigo uma fruta menos tropical e uma maior sensação de mineralidade. Hoje, temos um vinho com menos madeira, mais frescor e austeridade, que tem um potencial de guarda importante. Estou fazendo testes com diferentes tipos de cortiça para garantir que entre 5 e 10 anos de guarda, o vinho estará perfeito", afirmou.

    Os testes

    "Estou fazendo um teste este ano com a cortiça natural e com outras cortiças mais longas, mais curtas, com cortiças tecnológicas e não tecnológicas para ver com qual fico para o Chardonnay, para ter certeza de que entre 5 e 10 anos de guarda o vinho vai estar perfeito”, aponta.

    "Quando você coloca a cortiça, ela é uma esponja cheia de ar. De fato, a cortiça é leve porque está cheia de ar, então quando você aperta e a coloca no gargalo, ela libera o oxigênio que está no interior para o vinho. O que estamos vendo é que, se a cortiça é mais longa, ela aporta menos oxigênio no início... e isso pôde ser comprovado nos dois primeiros testes".

    "Com a cortiça natural, em uma variedade tão frágil como o Chardonnay, depois de cinco anos, pode haver diferenças. E isso é o que quero prevenir, porque um vinho tinto suporta isso, mas um branco, depois de cinco anos, começa a sentir", alega.

    As referências do Pinot

    Marcelo detalhou as mudanças específicas na produção do Amelia Pinot Noir, como o aumento do uso de engaços (cachos inteiros) durante a fermentação, que contribuem para a textura e a tensão dos vinhos. " O Pinot Noir entre 2017 e 2021 provém 100% do vinhedo Santa Cristina. Em 2022, é o primeiro ano em que um terço da mistura vem de Quebrada Seca, o que muda o perfil do vinho. O que encontramos nos lotes de Pinot Noir de Quebrada Seca é uma fruta mais negra e um vinho muito mais fresco e tenso, o que o torna mais importante. Vai na linha dos Chambolle [vinhos da Borgonha] bem minerais, na linha dos Barolos”, finaliza.

    Confira abaixo a conversa completa com Marcelo Papa ⬇ 

    Abaixo você encontra os melhores vinhos da Amelia degustados por ADEGA ⬇

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