ANCEVE solicitou que se estabeleça uma plataforma de diálogo entre representantes dos setores do vinho e do vidro
por Paula Daidone
A Associação Nacional dos Comerciantes e Exportadores de Vinhos e Bebidas Espirituosas (ANCEVE) de Portugal recorreu ao governo para interferir no preço das garrafas de vidro para vinho, que estão, em média, 55% acima dos valores pré-guerra da Ucrânia.
O pedido chega novamente ao Governo com a solicitação de que se estabeleça urgentemente uma plataforma de diálogo entre representantes dos setores do vinho e do vidro, para que possam analisar a situação e procurar a forma mais eficaz de resolver o problema.
Ainda de acordo com a ANCEVE, a baixa gradual do custo da energia já foi sentida nos fretes de transporte em navio, mas não teve qualquer reflexo no fornecimento das garrafas, que continuam a ser colocadas no mercado com preços recorde. Atualmente, Portugal conta com seis fábricas de vidro, entre elas a BA Glass, Vidrala e Verallia.
“Além de não fornecerem garrafas, as fabricantes de vidro também não estão aceitando novos clientes e estão limitando o pedido baseados nas compras do ano anterior. Isto impossibilita qualquer produtor de fechar novos negócios, logo impossibilita aumentos de vendas”, declara a nota oficial da ANCEVE.
O setor portugues também está sendo impactado pela falta de modelos de garrafas, principalmente dos tipos Borgonha, Reno e Espumante. Os modelos estiveram intermitentemente em ruptura ao longo de 2022 e mantém-se o cenário em 2023. O que tem obrigado os produtores a alterarem constantemente procedimentos e rotulagem, para adaptarem a sua produção aos modelos disponíveis.