Safras "ruins" geram mais lucro do que safras consagradas

Segundo estudo, investidores de vinho devem considerar comprar safras menos badaladas de grandes produtores de Bordeaux

por Redação

Latour 1992

Latour 1992 valorizou 263% em 10 anos

Safra menos badalas dos melhores vinhos de Bordeaux podem igualar, quando não suplantar, os lucros das mais célebres. Ao menos é isso que o site Wine-Searcher, especializado em compra e venda na internet, afirma em uma análise dos preços de venda dos principais vinhos das safras de 1982 a 2002 nos 10 últimos anos.

Para esse estudo, eles mapearam o mercado dos Premier Crus Classés de 2003 a 2013 e consideraram às safras letras de acordo com a classificação dos negociantes Berry Bros. & Rudd. Por exemplo, 2000, 1990 e 1989 receberam notas 9 ou 10 dos mercadores e, portanto, receberam a letra A. Por outro lado, safras como 1994 e 1987, ranqueadas como 5 e 6 pela Berry, receberam letra D.

Na pesquisa, obviamente que as safras mais célebres mantiveram-se como as mais caras durante os 10 anos analisados. Em 2003, um vinho de safra A tinha preço médio de US$ 445 por garrafa e um de safra B, US$ 272. Uma década depois, o vinho de safra A teve um aumento de 188% no preço.

No entanto, vinhos de safras C e D aproximadamente triplicaram de valor desde 2003 com alguns tendo margens ainda maiores. Por exemplo, a safra 1992, tida como D, do Château Latour aumentou 263% em 10 anos, saindo de US$ 133 para US$ 484 a garrafa. Por outro lado, um Margaux 1990 (safra A) valorizou-se apenas 46% no mesmo período, indo de US$ 639 a US$ 935.

Os gráficos mostram claramente que valeu mais a pena comprar diversas caixas de safras menos valorizadas do que poucas caixas de anos mais prestigiados durante a última década. Uma das safras que trouxe maior lucro no período foi a de 1984, considerada uma das piores. Apesar disso, ela deu lucro de 300% em 10 anos.

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