Turismo

10 lindas regiões vinícolas para conhecer, além da Borgonha, Bordeaux, Toscana, Douro...

Há lugares menos explorados – e belíssimos!, com terroirs que fazem vinhos incríveis

por Arnaldo Grizzo

Para fugir da mesmice, curta esses enodestinos singulares

Qual é o destino de enoturismo que você gostaria de conhecer? Quem sabe realizar um sonho de visitar algum produtor famoso em uma região tradicional? Borgonha, Bordeaux, Toscana, Douro, Rioja, Mendoza...

Ok, além deles, vale dizer, há outras regiões menos tradicionais, porém, igualmente encantadoras, repletas de cultura, mitos, natureza exuberante e, claro, ótimos vinhos.

Sicília, Itália

Na ponta da Bota, a ilha do vulcão Etna é um local a ser descoberto 

Terra dos ciclopes na mitologia, a verdade é que a paisagem singular da ilha italiana é fascinante, especialmente pelo vulcão Etna, que caracteriza, de certa forma, desde o povo até o vinho.

Ilha de Pantelleria, no meio do caminho entre Europa e África, pertence a Sicília e possui grandes vinhos

A cultura é riquíssima, com influências fenícias, gregas, romanas, cartaginesas, bizantinas, normandas todas misturadas em um povo único. 

Além de grandes vinícolas como PlanetaDonna Fugata, Tasca d’Almerita, Baglio di PianettoNicosiaFeudi del PisciottoTenuta Delle Terre Nere entre outras, há ainda a história e os pontos turísticos para intercalar com os vinhos, como o teatro romano em Taormina, a catedral de Palermo, o porto de Siracusa, as praias, e vale até uma esticada à ilha de Pantelleria.

Penedès, Espanha

Perto de Barcelona, é fácil chegar na região nem sempre lembrada por quem ama vinho  

Ali ficam produtores importantes como a família Torres, além de expoentes da produção de espumantes como GramonaCodorníu Freixenet.

Há ainda vinícolas charmosas como Albet i Noya, Jean Leon, Finca Viladellops, Llopart, Agusti Torello Mata, por exemplo. É possível se hospedar em Barcelona e sair para visitas nas proximidades (50 quilômetros em média para alcançar as vinícolas da região), mas se quiser ficar em Penedès, as vinícolas Mas Tinell Can Bonastre, por exemplo, têm boas opções de estadia. 

Alsácia, França

A região revela grandes atrativos, especialmente para quem aprecia os vinhos brancos 

A rica região na fronteira da França com a Alemanha (que aliás já dominou essas terras em diversas oportunidades, daí a influência na cultura regional), se revela a partir da belíssima Estrasburgo ou da charmosa Colmar. Aqui, é possível visitar uma infinidade de produtores como os consagrados Zind-Humbrecht, Domaine Weinbach, Trimbach, Marcel DeissHugel e Paul Blanck.

As charmosas cidades da Alsácia e seus vinhedos

É encantador sair à caça dos produtores pelas estradas da região passando por vilarejos como Riquewihr, Ribeauville, Bergheim e de quebra visitar o Château du Haut-Koenigsbourg, um castelo medieval nas montanhas de Vosges.

Patagônia, Argentina

Além de atrativos únicos, o “Fim do Mundo” também faz ótimo vinho

A região de Ushuaia, El Calafate e Neuquén, o que se considera a Patagônia Argentina, possui atrativos únicos, entre eles o Perito Moreno, glaciar considerado patrimônio da humanidade.

Os hotéis na região são sensacionais como o Explora, o Resort Los Cauquenes e o Arakur.

Paisagens incríveis aguarda quem visitar a Patagônia e seus vinhos

Como a região é muito extensa territorialmente, as cidades mais ao sul são “fora de mão” para quem pretende visitar vinícolas, mas os “aventureiros” podem ficar em Neuquén ou San Patricio del Chañar, por exemplo, onde terão acesso mais fácil a vinícolas como Família Schroeder, Malma, Fin del Mundo, Patritti e Coteaux de Trumao. 

Santorini, Grécia

Famosa por suas incríveis fotos ao pôr do sol no Mediterrâneo, a ilha conta com vinhas centenárias

Ótimas opções de hospedagens, vistas deslumbrantes e excelente gastronomia. É natural que a visita a vinícolas fiquem em segundo plano.

Mas, acredite, quem ama vinho deve conhecer os segredos desse paraíso. Olha que interessante: produção cem características próprias, vinhas centenárias, sistemas de cultivo singulares e uvas nativas pouco conhecidas, principalmente a Assyrtiko.

A belíssima paisagem se confunde com as vinhas centenárias

Na sua lista você deve considerar o Domaine Sigalas, a Koutsoyannopoulos, a Boutari, a Art Space, a Gaia, a Vassaltis, a Venetsanos e a Santowines

Central Otago, Nova Zelândia

A terra do Senhor dos Anéis, sim, também produz vinho

Para se ter uma ideia da diversidade da natureza, das paisagens, do deslumbre que é a região, basta dizer que a trilogia do filme Senhor dos Anéis usou a maioria de suas locações lá.

Mas além de servir de pano de fundo para esse épico do cinema, a região abriga uma vitivinicultura espetacular, onde se destacam os vinhos com Pinot Noir.

Central Otago é conhecida por mesclar enoturismo e turismo de aventura

Aqui pode-se ter acesso a produtores como Rippon, Quartz Reef, Carrick, Felton Road e Akarua.

O lugar é incrível para quem quer mesclar enoturismo e turismo de aventura, com trilhas de tirar o fôlego (no bom sentido) em uma natureza totalmente ímpar.

Maldonado, Uruguai

Em torno de Punta del Este, é um destino fácil e atraente para quem mora no Brasil

O país é famoso pelos seus Tannats, mas há muito mais que isso sendo produzido. A região mais conhecida é Maldonado, especialmente pelo balneário de Punta del Este. E é exatamente ao redor da cidade que ficam algumas das vinícolas mais importantes.

Vinícolas e vinhos incríveis aguardam o turista na região de Maldonado

Por lá, vale a visita à Bodega Garzón, à Viña Eden, à Jose Ignacio Bodega Oceanica e à Alto de la Ballena.  

Tasmânia, Austrália

Na costa sul da Austrália, a região é banhada por três oceanos – imagina o vinho que sai daqui

Tassie, como é carinhosamente conhecida, mantém 42% do seu território preservado em reservas naturais. As melhores opções estão ao redor das cidades de Launceston e Hobart, sua capital.

Na primeira, a casa Jansz Tasmânia e a House of Arras são visitas obrigatórias. Na região fica o Cataract Gorge, um parque localizado a apenas 10 minutos de carro do centro da cidade e lugar ideal para fazer piquenique, caminhada e, no final da trilha, ao lado do rio, há uma piscina natural gigante.

A ilha surpreende pela qualidade de seus vinhos e as belezas naturais

Já em Hobart, os destaques são a vinícola Stefano Lubiana, de produção biodinâmica, a Pooley Wines e a Moorilla, dentro do MoNa - Museum of Old and New Art, empreendimentos de David Walsh, apostador profissional, colecionador de arte e empresário.  

Oregon, Estados Unidos

Hoje é a região vitivinícola mais falada, desde a explosão dos vinhos californianos

Cada vez mais os vinhos do Oregon vêm chamando a atenção. Além disso, as belezas naturais da região são capazes de atrair turistas que, além das paisagens, podem desfrutar de ótimos vinhos, especialmente os Pinot Noir.

Para se ter ideia do quanto os Pinot daqui estão em voga, os borgonheses da família Joseph Drouhin criaram lá uma base com seu Domaine Drouhin Oregon, que, obviamente, vale a visita. 

A Pinot Noir se destaca na região do Oregon

Mas você também pode visitar o Domaine Serene, Eyrie Vineyards, Ken Wright Cellars, King Estate, Archery Summit, Argyle, J.K. Carriere e Willamette Valley Vineyards. Todos de cair o queixo. 

Stellenbosch, África do Sul

Vitivinicultura tradicional, regiões impressionantes e infraestrutura de primeira

Quando alguém diz que vai viajar para a África, logo pensamos em safari, certo?

No entanto, há muito mais do que ver animais selvagens em seus habitats. A África do Sul tem um vitivinicultura tradicional e regiões impressionantes, com infraestrutura de primeira.

Belíssimas paisagens e grandes vinícolas estão na região de Stellenbosch

Stellenbosch não fica muito distante da Cidade do Cabo e reúne alguns dos mais conceituados produtores sul-africanos. Waterford Estate, Dornier Wines, Delaire Graff Estate, Kanonkop, Tokara, Lanzerac e Spier Wine Farm estão na região. 

Você pode ficar na capital e partir para as vinícolas, que geralmente ficam a cerca de meia hora de distância. E não se engane pensando que Pinotage é o que de melhor se produz em solo sul-africano – isso está muito longe de ser verdade.

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