Paz diplomática

A produtora do vinho Penfolds segue cautelosa com relação à China

A australiana Treasury Wine Estates afirmou estar cautelosa sobre a retomada das relações comerciais entre a Austrália e a China

Imagem A produtora do vinho Penfolds segue cautelosa com relação à China

por Redação

A australiana Treasury Wine Estates, conhecida pela marca Penfolds, está cautelosa sobre a retomada do comércio com a China. No final de 2020, após a escalada da crise diplomática com a Austrália, a China impôs tarifas de importação que superaram os 200% sobre todos os produtos australianos, afetando especialmente o mercado de vinhos.

Durante uma teleconferência de resultados, realizada no último dia 14, o CEO da Treasury Wine, Tim Ford, afirmou que embora exista ainda trabalha com a possibilidade de o mercado chinês continuar fechado ou restritivo. Embora exista expectativa que as barreiras comerciais sejam gradualmente reduzidas ao longo dos próximos meses, o momento ainda é de cautela.
“Claramente não há mudanças no momento, e isso é muito importante observar”, disse Ford. O executivo ainda ressaltou que avalia o que pode ocorrer e como a Treasury Wine planeja lidar com as mudanças. “Também começamos a pensar no que poderia ocorrer e no que ocorreria, e o que faríamos caso isso mudasse”, pontou.

Penfolds

Após a China impor pesadas barreiras comerciais para a Austrália, no ano passado a Treasury lançou o Penfolds produzido na China. A estratégia estava alinhada não apenas em contornar os problemas tarifários, mas também de buscar origem em vários países, que incluiu ainda uma coleção francesa com foco especial no mercado chinês.

Além disso, o a Treasury Wine segue avaliando como expandir seus negócios em outros países da Ásia, aproveitando o crescimento econômico na região.

"Nossas carteiras de vinhos de luxo, em particular, continuam a ter um desempenho excepcional em todos os mercados e canais", destacou Ford.

A Treasury Wine Estates anunciou os resultados semestrais de 2023, com EBITS reportado alta de 17%, para US$ 307,5 milhões, impulsionado pelo forte crescimento do portfólio de luxo e a otimização da cadeia de suprimentos global.  O dividendo intermediário da empresa foi de 18 centavos por ação.

Ainda que tenha divulgado lucros, o montante ficou abaixo da estimativa média dos analistas e as ações caíram 6,8% em Sydney, a maior queda em mais de dois anos.

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