Produtores da região gaúcha, querem o reconhecimento com uma certificação própria
por Glaucia Balbachan
É dado o primeiro passo do projeto para a conquista da Indicação Geográfica da região de Campos de Cima da Serra
Ao longo de 20 anos no cultivo de uvas, a região de Campos de Cima da Serra, ganhou visibilidade e atenção na qualidade de seus vinhos.
Com isso, os produtores locais pediram o apoio da Embrapa em Bento Gonçalves, por meio da AVICCS – Associação dos Vitivinicultores dos Campos de Cima da Serra, com o objetivo de obter a Indicação Geográfica de seus vinhos.
A primeira iniciativa foi tomada na semana passada, uma reunião envolveu a Embrapa, o Instituto Federal do Rio Grande do Sul e os produtores: RAR, Sozo, Aracuri, Vinícola Campestre e Família Lemos de Almeida Vinhas e Vinhos.
“Estabelecer uma nova Indicação Geográfica fora da região tradicional é sempre um desafio, mas a existência de um grupo de produtores organizados associado ao potencial da região é um desafio perfeitamente tangível”, conta o chefe de transferência de tecnologia da Embrapa Uvas e Vinhos, Marcos Botton.
Região produz cerca de 500 mil litros de vinho por ano
Agora a Embrapa vai oficializar um projeto de pesquisa para ser aprovado pela AVICCS. “Essa reunião foi um marco inicial dos trabalhos. Temos certeza de que a Indicação Geográfica vai auxiliar não somente o setor vitivinícola, mas a região como um todo”, menciona o presidente da AVICCS – André Donatti.
Campos de Cima da Serra conta com 100 hectares de uvas viníferas com colheita anual somadas a mil toneladas. Com esse número são feitos 500 mil litros de vinho, divididos em brancos, rosé, tintos e espumantes elaborados em método clássico e charmat.
Segundo o pesquisador da Embrapa e autoridade no tema, Jorge Tonietto, a reunião do projeto foi fundamental para os próximos passos. “A região de Campos de Cima da Serra, já tem elementos suficientes para pleitear o seu reconhecimento”.
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