Harmonização

Como preparar raclette e quais vinhos combinam com a receita suíça

Conheça a raclette, o queijo derretido suíço que ganhou espaço no inverno brasileiro

por Redação

raclette
 Que tipo de vinho poderia casar com essa receita aconchegante?

Na época do frio, um dos pratos mais lembrados é a fondue de queijo. Essa famosa receita suíça é uma febre no inverno, mas ela não é a única delícia de “queijos derretidos” que se pode aproveitar para acalentar noites geladas. Há outra receita suíça que vem ganhando cada vez mais popularidade no Brasil, a raclette.

Diz a lenda que a raclette foi inventada por um camponês que, provavelmente, resolveu derreter um pedaço de queijo e jogar sobre batatas que ele havia cozido. O termo vem de “racler”, que significa raspar (e, por extensão, derreter para raspar). Esse hábito de colocar queijo derretido sobre batatas e outras comidas, como conservas e embutidos, era comum na região do Valais desde a época medieval e a raclette acabou se tornando tanto uma receita quanto batizando um tipo de queijo comum do local.

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Desde 2007, o Raclette du Valais é um tipo de queijo com denominação protegida feito de leite de vacas de raças específicas, amadurecido até ter uma consistência de massa semi-dura, e pensado quase que exclusivamente para ser consumido derretido.

Diz-se que a receita de raclette “original” prega que se corte metade de um queijo Raclette du Valais e deixe sob um forno (de lenha) mantendo o queijo a 6 cm da fonte de calor. Quando a superfície do queijo estiver escorrendo, raspe a camada derretida sobre um prato com batatas, cebolas e picles. Pode-se ainda acrescentar diversos tipos de embutidos. Convenhamos, os acompanhamentos podem ser os mais distintos, desde legumes cozidos até frutos do mar, basta usar a imaginação.

Mas a raclette que se espalhou mundo afora nem sempre está ligada diretamente ao queijo específico da região do Valais e tampouco à forma “original” com que é feita em restaurantes tradicionais da Suíça. Hoje, há diversos tipos de “racleteiras” à venda no mercado, mais práticas para derreter queijo do que o “método suíço”. Elas tendem a ter um sistema de aquecimento elétrico cercado de bandejas de metal onde se coloca o queijo e os acompanhamentos.

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Mas, seja no método tradicional, seja no moderno, seja o queijo Raclette, seja outro similar, o que importa é o queijo derretido sobre guloseimas para espantar o frio. E que tipo de vinho poderia casar com essa receita aconchegante? O vinho tradicional do Valais é o Fendant, um vinho branco leve, refrescante e bastante aromático feito com a variedade Chasselas. Ele seria uma excelente pedida, mas é raramente encontrado no Brasil.

Se não tiver um Fendant à mão, você pode optar por um Riesling seco jovem ou então um Pinot Gris, um Viognier, um Chenin Blanc ou até um Gewürztraminer. Como quem domina a cena é o queijo derretido e seus sabores lácteos, a ideia é acompanhar com vinhos de acidez mais pungente para tentar equilibrar. Vale a pena também experimentar ao lado de espumantes e rosés.

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