por Redação
Se você é vegetariano, eis um motivo para se deixar de ser: derivados de animais, como leite, ovos ou vesículas de peixes, são utilizados na produção de vinho.
Eles são usados no processo de clarificação, prática comum designada a clarear partículas de proteínas grandes e sólidas, as quais podem se unir e tornar o vinho turvo. É um procedimento diferente da filtração. É bem mais agressivo, já que torna as partículas do líquido mais finas, contribuindo no sabor e na longevidade.
Dois ou três ovos podem clarear um barril inteiro de vinho |
Frequentemente os produtores preferem clarear o vinho sem filtrá-lo, uma vez que o processo é mais simples - basta por o agente que clareia no barril e esperar.
Há outros utilizados, como gelatina, sangue e bentonita, um tipo de terra. O primeiro, um dos mais populares, é feito de tecidos de mamíferos grandes, tais como vacas e porcos, e é bastante popular, junto com a bentonita, em vinhos baratos.
O ovo, por sua vez, é muito utilizado em produções de boa qualidade. Dois ou três ovos podem clarear um barril inteiro de 225 litros.
Quanto à vesícula de peixe, ela contém uma substância chamada ictiocola. No rótulo anterior da garrafa de vinho, pode-se ver ocasionalmente o aviso "contém derivados de peixe". Países como a Nova Zelândia, com um grande número de vegetarianos, tornaram essa advertência obrigatória.
Já o uso de sangue decaiu drasticamente, e vários países vinícolas, como Estados Unidos e França, tornam-no ilegal.
Enojado? Não se preocupe, a probabilidade de encontrar traços de ovos ou peixe em um vinho é mínima. Geralmente eles nem aparecem nos testes de laboratórios. Mas se sua preocupação é mais ética que nutricional, e você não quer se responsabilizar pelo uso de derivados de animais, então é melhor conferir com a própria vinícola. Ou você pode se poupar de todo esse trabalho e tomar um bom vinho tinto orgânico que não foi produzido sob esse processo de clarificação - foi apenas filtrado.
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