Europa age para salvar setor de vinhos da ameaça tarifária dos EUA

Em um momento crítico para o setor vitivinícola, marcado pela diminuição do consumo de vinho e pelo risco das tarifas alfandegárias de 20% anunciadas pelo presidente americano Donald Trump, a Comissão Europeia apresentou um conjunto de medidas destinadas a reforçar a resiliência dos produtores do bloco.

A vitivinicultura dna Europa é considerada estratégica não apenas pela sua dimensão econômica, sendo vital para a economia regional, assim como por seu valor cultural e turístico.

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Entre as principais propostas, o a Comissão sugere que os Estados-membros possam adotar ações diretas para controlar o excesso de produção, como o arranque de vinhas e a colheita em verde. Essas medidas podem ajudar estabilizar o mercado, e evitar colapsos de preços, reduzindo os produtores a exposição aos riscos financeiros.

Outra frente importante é a flexibilização do regime de autorizações de replantação, oferecendo aos países maior autonomia na gestão das áreas de cultivo. Para ser implementada, essa medida ainda depende da aprovação conjunta do Conselho da UE e do Parlamento Europeu.

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Outro ponto de destaque é o foco no mercado internacional, em um esforço de ampliar a presença global do vinho europeu. A Comissão planeja oferecer recursos para produtores buscarem novos mercados, compensando não apenas a redução no consumo na Comunidade Europeia, mas os impactos das novas taxas americanas.

Na esfera internacional, a Comissão propõe estender a duração das campanhas de promoção em países terceiros — hoje limitadas a três anos — para até cinco anos. A intenção é ampliar a presença dos vinhos europeus em novos mercados, num esforço para compensar a retração do consumo interno.

O pacote também contempla reforço do apoio às práticas sustentáveis, com produtores podendo receber cofinanciamento europeu de até 80%, um aumento significativo que visa alinhar o setor às metas ambientais do bloco.