Estudo publicado na revista Neurology mostra que substância encontrada no vinho é excelente para a saúde cognitiva e a memória
por André De Fraia
Flavonóis, essa substância é apontada como uma das principais para manter a saúde cognitiva e retardar o declínio da memória e até doenças como o Mal de Alzheimer. A melhor parte, ela está presente no vinho!
Em um estudo liderado pela University Medical Center de Chicago, Estados Unidos, e publicado na revista Neurology, 961 pessoas com idade média de 81 anos que não apresentavam problemas com demência, responderam um questionário sobre seus hábitos alimentares, seu nível de escolaridade e quanto tempo passavam se exercitando e fazendo outras atividades, como leitura. Além disso, foram submetidos a testes cognitivos e de memória e acompanhados por sete anos.
Os participantes foram divididos em cinco grupos, utilizando como critério a quantidade de flavonóis que consumiam em alimentos como frutas, vegetais, grãos, chá e vinho. O grupo que tinha o maior consumo diário da substância – acima de 15 miligramas – mostrou menor comprometimento cognitivo que os demais grupos.
O estudo mostrou ainda que doenças como o Mal de Alzheimer também podem ser retardadas com o consumo da substância. Os flavonois, são divididos em quatro grupos que são encontrados em alimentos como repolho, feijão, espinafre, brócolis, tomate, maçã, alguns chás (destaque para o chá verde), laranja, pêra, azeite e, claro, vinho.
“É emocionante que nosso estudo mostre que fazer escolhas alimentares pode levar a uma taxa mais lenta de declínio cognitivo. Algo tão simples como comer mais frutas e vegetais e beber mais chá é uma maneira fácil de as pessoas assumirem um papel ativo na manutenção da saúde do cérebro”, diz Thomas M. Holland, da University Medical Center, de Chicago, um dos autores do estudo.